Que o público do Metallica é um dos mais empolgados dos shows de arena, ninguém duvida, mas o show da banda no Lane Stadium, estádio da Virginia Tech, nos EUA, na última quarta-feira (7), entrou para a história não apenas pelo repertório, mas pelo impacto literal causado pelo público. Durante a performance de “Enter Sandman”, música que há 25 anos anima os jogos do time de futebol americano Virginia Tech Hokies, a vibração da plateia foi tão intensa que gerou um registro no sismógrafo do Observatório Sismológico da Virginia Tech, equivalente a um pequeno terremoto prolongado.
De acordo com a universidade, o fenômeno ocorreu quando os 60 mil presentes pularam simultaneamente ao som da bateria de Lars Ulrich, criando uma onda de energia captada pelos equipamentos. James Hetfield ainda incitou a multidão com um grito de “Hokies! Let’s go!” antes da música, que foi guardada para o final do setlist. Assista:
A Virginia Tech destacou que a experiência foi “inigualável ao vivo”, mas que o vídeo multicâmera divulgado pela banda consegue transmitir parte da intensidade. Curiosamente, não foi a primeira vez que o estádio “tremeu” com Enter Sandman: em jogos importantes, como contra Miami (2011) e Ohio State (2021), a versão gravada da música já havia provocado reações similares, segundo o Hokies Daily.
The night the earth shook 🎸 pic.twitter.com/KHtwPg1Os8
— HokieSports (@hokiesports) May 8, 2025
Antes do show, a banda se reuniu com o técnico dos Hokies, Brent Pry, que presenteou os integrantes com camisas personalizadas — uma marcando os 25 anos da música como hino do time e outra alusiva à M72 Tour do Metallica. Pry não economizou elogios: “Tudo começa com ‘Enter Sandman’. Não existe entrada melhor no futebol universitário”, afirmou.
Para os fãs, como o estudante Luke Dalton, que falou à ABC News 13, ver o Metallica tocando o hino ao vivo foi “simplesmente incrível”, superando até a emoção dos jogos. A música, aliás, também é famosa por ter sido tema do arremessador Mariano Rivera, lenda do New York Yankees.
O show reforçou o vínculo entre a banda e a cultura esportiva americana, provando que, nas palavras de Hetfield, o metal realmente pode mover montanhas — ou pelo menos, sismógrafos.
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