Com potencial ao estrelato, o novo título da Motion Twin, estúdio responsável pelo aclamado Dead Cells, lança hoje (24) o acesso antecipado do seu mais novo roguelike, o Windblown. O game de ação pode ser jogado em singleplayer ou em multiplayer de até 3 pessoas e conta com uma extensa variedade de mecanismo para as run’s. O estúdio liberou uma key para o teste da redação da Conecta Geek. Confira o nosso preview.
História e pontos negativos
Em WindBlown, o protagonista (personagem que você tem o poder de escolher a fisionomia) mora junto de outros aliados em uma ilha flutuante chamada “The Ark” – a arca. Próximo à sua base, existe um Vórtex – uma grande tempestade em looping – que ameaça a vida de todos que moram próximos. Exploradores já tentaram enfrentar a fúria do Vórtex, mas muitos não conseguiram retornar.
A sua tarefa é voltar ao Vórtex, salvar pessoas perdidas e recuperar memórias criptografadas. Quanto maiores os avanços, maiores são as chances de resgate. Mas por que nós?
Bom, o que diferencia o nosso personagem dos outros exploradores é que ele possui um equipamento que o permite retornar à Arca a cada morte. Em questão de gameplay, o retorno para a arca te faz perder equipamentos e habilidades da última run, mas salva personagens resgatados e memórias recuperadas.
O looping em tédio
Por mais que exista uma base de história, ela está longe de ser algo que consegue prender a atenção, preocupando bastante o senso de “recompensa” necessário em games de looping. Avançar “às cegas” entre os mundos, morrer, voltar e ver que não teve nada significativo na história do game pode afastar os gamers mais assíduos pela dopamina da narrativa.
Até a base, mesmo sendo colorida, carrega a atmosfera mórbida por não ter história nem diálogos acontecendo (com frequência) para tornar a experiência mais rica. A arca se torna apenas um ponto de início vazio, um mapa que serve de pouca coisa além de preceder a próxima aventura.
Quanto mais conhecimento sobre uma lore, mais motivações se criam para continuar persistindo no looping. Chega momentos em que coletar memórias e personagens não servem mais como retorno dopaminérgico, um foco narrativo pode equilibrar e segurar a vontade de jogar.
Além disso, dos poucos pontos fracos que observei em Windblown, o que mais me incomoda, com toda a certeza, é a trilha sonora se repetindo. Tudo bem que o game é sobre looping, mas ouvir a mesma música durante horas irrita. Para mim, um apreciador de trilhas, me vi, várias vezes, pensando em fechar o jogo ou apenas mutá-lo para não precisar ouvir de novo.
Pontos positivos
Como disse anteriormente, poucas coisas são negativas em Windblown. O game realmente entrega o frenesi prometido. É tiro, porrada e bomba o tempo inteiro. O visual 3D e efeitos em combate são uma verdadeira obra de arte que deixa tudo muito fluido de ser visto.
As lutas e movimentações são tão rápidas e naturais que parecem automáticas, às vezes nem me dou conta que sou eu quem está apertando os botões e usando de coordenação motora para desviar de ataques. Isso é o game provando uma boa união entre design e mecânica.
Se falta retorno narrativo, Windblown equilibra com mecânica e boas surpresas em lutas. Quando as memórias são desbloqueadas, você adquire habilidades, relíquias ou armas que podem ser compradas para uso durante a run.
Entretanto, vale mencionar que mesmo depois de comprar, tais itens não ficam fixos no seu inventário: é necessário encontrar durante as runs para utilizar, fazendo-se necessário um bom estudo sobre qual habilidade ou arma desbloquear, algo relacionado ao seu estilo de jogo e que te dê boas recompensas no futuro pós evolução de habilidade.
Quanto mais ataque aprendido, mais combos você vai ter e menos vai demorar para passar de bioma. É aqui que surge o sentimento de evolução, tendenciando a escolha por mais poder ao invés de uma história.
Windblown possui uma extensa variedade de armas e melhorias, entregando diversas oportunidades de combo e estilos de jogo. O caminho que o player escolher será diferente para cada um que jogar.
Aproveitando o gancho, um dos pontos que mais me chamaram a atenção é que Windblown estimula a gameplay em grupo. Entretanto, durante os testes do game, não consegui nenhuma vez entrar em servers e, como se não bastasse, o game não possuía server latinoamericano. Então, mesmo que eu desse a sorte de encontrar, não teria uma experiência fluída como a de campanha singleplayer.
Windblown não é aquele game difícil, é consideravelmente fácil de aprender a hora certa de atacar e desviar. Entretanto, há uma clara progressão de dificuldade dos mapas. Adicionando cada vez mais inimigos juntos que podem te derrotar em combos bem perigosos.
Por fim…
O game que já entrou em acesso antecipado. Com algumas alterações, pode ir ganhando cada vez mais voz entre os gamers e se tornar, assim como o seu irmão Dead Cells, uma boa referência na indústria.
A redação Conecta Geek agradece o envio do game para primeiras impressões. O game já está disponível para acesso antecipado na Steam.
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