Vessel of Hatred
Vessel of Hatred

Review | Vessel of Hatred é ruim como o inferno

Problemas Técnicos e Tédio em Santuário

Diablo IV, a mais recente incursão da Blizzard no reino do Santuário, conquistou legiões de fãs com sua jogabilidade viciante, atmosfera sombria e mundo imersivo. Mas será que a nova DLC, “Vessel of Hatred“, consegue manter o mesmo nível de qualidade? A resposta, infelizmente, é um sonoro “NÃO“. Apesar de adicionar um mapa visualmente deslumbrante e interessante para explorar, a DLC sofre de uma história chocantemente rasa e sem inspiração.

Embora a introdução da nova classe “Natispírito“, com suas habilidades únicas e estilo de jogo diferenciado, seja um ponto positivo, e a adição de um novo ataque traga alguma variedade ao combate, a DLC, na totalidade, parece um passo na direção errada.

Mas chega de rodeios! Continue lendo esta review de Vessel of Hatred para descobrir em detalhes os pontos fracos e (poucos) pontos fortes da DLC, e entender porque ela representa uma oportunidade perdida para Diablo IV.

A História de Vessel of Hatred: Desperdício de Potencial

A linda Nahantu

Prepare-se para se aventurar em Nahantu, uma selva incrivelmente bela, porém sombria e sanguinária, que abriga Kurast e Travincal. Suas paisagens exuberantes escondem perigos mortais e segredos ancestrais. No entanto, apesar da promessa de uma nova história empolgante em meio a cenários deslumbrantes, “Vessel of Hatred” decepciona. A trama gira em torno da caçada a Neyrelle para conter o Mephisto, mas a narrativa se mostra previsível e repetitiva.

Tudo é previsível

Embora a atmosfera sombria seja característica da série Diablo, a DLC se afoga na negatividade. A maioria das missões secundárias (são 44, ao todo) termina em tragédia, martelando a mesma mensagem de um apocalipse sombrio. Essa insistência na desgraça e na morte torna a experiência cansativa e previsível.

Apesar disso, a história apresenta um momento singular que brilha em meio à narrativa monótona. Essa cena, em particular, se destaca e oferece um vislumbre do potencial desperdiçado da DLC. Infelizmente, esse momento não é suficiente para salvar a história de sua previsibilidade e falta de originalidade.

Natispírito é a Nova Classe em Vessel of Hartred

E agora, a grande novidade: o Natispírito, a nova classe que chega com “Vessel of Hatred”! Contudo, apesar da expectativa, essa adição deixa a desejar. Em essência, o Natispírito é um guerreiro tribal que invoca espíritos animais – centopeia, águia, gorila e jaguar – para lutar ao seu lado. Imagine desferir golpes com garras de jaguar ou esmagar o chão com a força de um gorila!

A princípio, o conceito parece interessante, mas, na prática, a classe carece de originalidade. Ele evoca a imagem de um Druida com poderes animalescos, mas sem a capacidade de se transformar. A nova classe se mostra genérico e sem identidade própria. No fim, é apenas mais um guerreiro tribal com temática animal.

Entretanto, é preciso reconhecer que a classe oferece momentos divertidos, especialmente quando se domina suas habilidades. Atualmente, por exemplo, consigo usar o ataque Ultimate até cinco vezes seguidas, o que é extremamente satisfatório! Por outro lado, o balanceamento da classe ainda precisa de ajustes.

Modos Cooperativos

Vessel of Hatred também se aventura no reino da cooperação com a introdução da Citadela Negra, um conjunto de três masmorras desafiadoras. No entanto, prepare-se para jogar online, pois a DLC não oferece suporte para coop local.

Em suma, a Citadela Negra exige coordenação e trabalho em equipe. Os jogadores devem colaborar para transpor barreiras, ativar portais e enfrentar chefes poderosos em diferentes dimensões. Felizmente, a Blizzard facilita a vida dos jogadores sociais com um novo sistema de busca de grupos, tornando a formação de equipes mais rápida e eficiente.

A Introdução dos Mercenários

Prepare-se para conhecer os Mercenários, a última novidade nessa review de Vessel of Hatred! A DLC introduz quatro novos aliados, cada um com habilidades e estilos de combate únicos, prontos para lutar ao seu lado.

No modo solo, os Mercenários oferecem suporte valioso em batalha, complementando suas habilidades e aumentando sua capacidade ofensiva. Já no modo cooperativo, embora eles não estejam presentes fisicamente, você ainda pode aproveitar seus poderes por meio da função de Reforço. Essa mecânica permite fortalecer seus ataques e habilidades com as diversas técnicas dos Mercenários, adicionando uma camada estratégica às suas lutas.

Conheça os Mercenários:

  • Rahir: o ferreiro guardião que se destaca na defesa com seu escudo imponente. Ideal para jogadores de longo alcance ou que buscam maior proteção.
  • Subo: o mestre da furtividade, especialista em reconhecimento e armadilhas. Oferece suporte estratégico para jogadores de combate corpo a corpo.
  • Variana: a berserker implacável, com foco em combate corpo a corpo agressivo. Perfeita para jogadores que gostam de estar na linha de frente e causar grande dano.
  • Adkin: a enigmática criança demônio que domina poderes mágicos versáteis. Oferece vantagens estratégicas para diferentes estilos de jogo, mas exige sacrifícios em troca de seus poderes.

Considerações Finais

Para finalizar essa Review de Vessel of Hatred, só me resta expressar minha profunda decepção. Em primeiro lugar, concluí a campanha principal em aproximadamente 5 a 6 horas. Agora, com a jornada completa, posso compartilhar minhas impressões sobre essa nova aventura em Santuário.

Os servidores apresentaram problemas constantes durante minha jornada. Enfrentei quedas abruptas, perda de pacotes e uma série de outros erros que prejudicaram significativamente a experiência. É simplesmente inaceitável que uma empresa do porte da Blizzard lance um produto com problemas técnicos tão graves.

Além disso, a narrativa se mostrou previsível e cansativa. A história não empolga, os personagens são rasos e o final é anticlimático. Terminei a campanha com uma sensação de tédio e frustração, ansioso para que a experiência acabasse logo.

No resumo da obra, “Vessel of Hatred” é um desperdício de tempo e dinheiro. O conteúdo adicionado não justifica o preço cobrado, e os problemas técnicos tornam a experiência ainda mais frustrante. Recomendo que os jogadores guardem suas lembranças do jogo base e esqueçam que essa DLC sequer existe. Infelizmente, “Vessel of Hatred” é uma mancha na história de Diablo IV, e espero que a Blizzard aprenda com seus erros e entregue conteúdo de qualidade no futuro.

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Apaixonado por games, filmes, séries, músicas, HQ's e por cachorros. Jogos desafiadores são meus preferidos. Jogo, assisto, ouço, leio e, às vezes, exerço minha profissão de professor.