Essa Review de Banishers: Ghosts of New Eden foi realizada na versão de Playstation 5 do título, com um código cedido pela Focus Interactive.
Eu tinha grandes expectativas para o jogo Banishers: Ghosts of New Eden. Isso porque gostei bastante de “Vampyr,” apesar de ele ter muitos aspectos que precisavam de polimento. Minhas expectativas foram alimentadas por vídeos e pela premissa do jogo, que parecia promissora.
Continue comigo na análise de Banishers: Ghosts of New Eden para saber mais detalhes sobre essa incrível jornada e veja se todas as minhas expectativas foram supridas.
A morte não é o fim
Red e Antea, dois exorcistas conhecidos como “banishers” ou banidores, chegam ao assentamento americano de New Eden no ano de 1695. Assim que desembarcam, percebem que as forças das trevas já estão bem estabelecidas. Rapidamente, o pesadelo que assombra a pequena comunidade se transforma em um ataque direto contra os dois heróis.
O confronto resulta em tragédia quando Antea sofre um ferimento mortal, deixando Red sozinho e desorientado. No entanto, não demora muito para que Antea retorne do submundo, agora como um fantasma ligado a Red, refletindo sua saudade, tristeza e raiva.
Red e Antea decidem encontrar o caminho de volta ao coração do New Eden. Eles não apenas querem derrotar o monstro, como também localizar o corpo de Antea para que ela possa finalmente seguir em frente.
A primeira decisão em Banishers: Ghosts of New Éden
O jogo coloca em suas mãos a decisão de como ‘seguir em frente’. Você pode aceitar o que aconteceu e ajudar Antea a viajar para a vida após a morte, ou optar por usar poderes desumanos na tentativa de trazê-la de volta à vida. Após algumas horas jogando, você começa a entender as implicações dessa escolha.
Embora seja a primeira escolha do jogo – decidir entre fazer seu trabalho ou seguir seu coração – é uma das mais difíceis de se tomar. Essa decisão inicial é complicada e revela o tom que o jogo terá dali para frente. A partir desse ponto, você enfrentará decisões difíceis e complexas, que testarão sua moralidade e emoções.
Seja um detetive sobrenatural em Banishers: Ghosts of New Eden
Em New Eden, o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos é extremamente tênue. Como resultado, uma enxurrada de espíritos permanece para atormentar as pessoas ao redor do mundo. Cada um desses fantasmas tem uma história para contar. Apenas encontrando vestígios e pistas que expliquem por que eles permanecem, você pode desvendar o mistério e decidir como lidar com cada espírito.
Investigue e julgue
Você tem três opções:
- pode expulsar o espírito à força, um processo doloroso que aparentemente o envia para o inferno;
- pode permitir que o espírito seja ouvido e ascenda ao que aparentemente é o céu;
- ou pode acusar a pessoa que o espírito está assombrando de cometer um crime.
As duas primeiras opções são frequentemente vistas como a “boa” resolução, facilitando a jornada de Antea no final do jogo. Em contraste, a última opção infunde nela a essência do falecido, permitindo que ela eventualmente volte à vida.
Embora esse sistema moral seja bastante comum, ele é um pouco simplista para o meu gosto. As escolhas que você faz apresentam algumas questões éticas interessantes, mas raramente me senti inclinado a escolher a solução “má” para qualquer um dos dilemas.
Roteiro e personagens fantásticos
Foi um enorme prazer explorar o mundo criado pela Don’t Nod para a realização da review de Banishers: Ghosts of New Eden. Além disso, a lore é incrivelmente profunda, e o mundo é tão intenso e denso que a produtora tem inúmeras oportunidades para desenvolver novos enredos nesse universo.
Consequentemente, a cada momento, somos imersos em uma narrativa rica e envolvente, que nos deixa ansiosos para descobrir mais sobre os mistérios e histórias que aguardam.
Ademais, a Don’t Nod é excelente em criar mundos de jogo vibrantes com personagens realistas no comando, e eles demonstram essa habilidade de forma brilhante aqui. Por fim, em New Eden, você pode conversar com todos que encontrar, e cada personagem tem algo interessante a acrescentar à história de Red e Antea.
Durante minha jogatina para a review de Banishers: Ghosts of New Eden, notei algumas falhas nas expressões faciais dos personagens. Enquanto alguns são bem detalhados, outros deixam a desejar. Isso evidencia que o título é um AA, mas não foi algo que me desanimou na produção da análise. A profundidade da lore e a intensidade do mundo criado pela Don’t Nod compensam essas pequenas imperfeições, tornando a experiência geral bastante envolvente.
A ambientação em Banishers: Ghosts of New Eden: neblina, neve e sol
Em resumo, Banishers: Ghosts of New Eden oferece uma atmosfera única que constantemente equilibra melancolia e um desejo intenso de exploração. O vilarejo, embora desolado e remoto, está repleto de assentamentos, cavernas, naufrágios e outros elementos que capturam sua atenção. A cada passo, você se sente compelido a descobrir mais sobre esse mundo intrigante e cheio de mistérios.
Apesar de partes do universo estarem envoltas em neblina e decadência, ainda há variações a serem descobertas. À medida que você se move para o sul do mapa, o sol aparece timidamente. Em contraste, ao norte, você enfrenta nevascas e encostas geladas. Essas mudanças no ambiente mantêm a exploração interessante e dinâmica, enriquecendo ainda mais a experiência do jogo.
O universo do jogo é construído de maneira semelhante aos últimos jogos da série God of War, consequentemente, revela-se muito maior do que eu esperava. Além disso, em vez de ser um típico jogo de mundo aberto, ele apresenta uma série de áreas semiabertas, interligadas por corredores estreitos e desvios cuidadosamente projetados.
Nesta Review de Banishers: Ghosts of New Eden, destaco que há sempre algo interessante para focar. Por isso, aprecio o equilíbrio entre puzzles, exploração e combate. Dessa forma, essas características mantêm a experiência dinâmica e envolvente, proporcionando uma jornada rica e variada.
Nem tudo se revolve na conversa em Banishers: Ghosts of New Eden
Os combates claramente se inspiram em God of War. Dessa forma, você executa golpes fracos e fortes, realiza manobras evasivas e utiliza ataques de longo alcance, combinando tudo isso para derrotar inimigos cada vez mais poderosos.
Além disso, uma característica exclusiva deste jogo é a capacidade de alternar livremente entre Red e Antea. Para isso, basta um simples toque de botão, e você pode até ativar essa troca no meio dos combos para realizar ataques novos e mais poderosos.
Além de que os dois personagens principais possuem habilidades distintas. Por exemplo, a força física de Red permite que ele enfrente facilmente espantalhos de qualquer calibre, enquanto Antea, ao transitar para a forma fantasma, adquiriu uma variedade de novas habilidades que a capacitam a domar manifestações e cadáveres possuídos.
Embora leve algum tempo até que a luta comece a funcionar corretamente, vale a pena o esforço, pois é muito divertido enviar os espíritos de volta ao reino dos mortos. No entanto, o jogo apresenta uma falta de variedade significativa. Por exemplo, ataques, opções de combo e tipos de inimigos poderiam, claramente, ter mais profundidade.
Além disso, essa limitação se torna particularmente perceptível no ato final do jogo. Nessa fase, você precisa retornar a áreas que já explorou e acaba sendo bombardeado por inimigos irritantemente fortes que bloqueiam seu caminho. Consequentemente, o jogo também parece um pouco rígido nesse momento.
Considerações Finais
Embora Banishers: Ghosts of New Eden não seja o jogo mais exclusivo do mercado, ele compartilha muitas características com modernas aventuras de ação. Em particular, os dois jogos mais recentes de God of War servem como fontes óbvias de inspiração.
Nesta Review de Banishers: Ghosts of New Eden, destaco que a metodologia do companheiro de viagem, o estilo de diálogo, os quebra-cabeças e o sistema de combate parecem seguir uma fórmula familiar.
Apesar disso, o jogo não atinge o alto padrão de qualidade estabelecido por Kratos e companhia. Em termos de combate, a experiência pode se tornar um pouco monótona com o tempo.
Eu teria preferido ver uma maior variedade de inimigos, desafios e ataques combinados para manter a dinâmica mais interessante. No entanto, essas limitações não diminuem completamente o valor do jogo, que ainda oferece uma experiência envolvente e rica em narrativa.
É impossível não se divertir quase todo o tempo jogando o último lançamento da Don’t Nod. O jogo é consistentemente envolvente, com personagens principais cativantes, um fluxo bem estruturado e uma construção de mundo impressionante.
A história é bem escrita e oferece várias reviravoltas emocionantes ao longo do caminho. A aventura é surpreendentemente longa, com mais de 20 horas para a história principal, e todas as escolhas e decisões recebem a atenção necessária.
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Tenho a mídia física, logo vou dar uma chance.