Battle Train review

Review | Battle Train: Uma batalha entre cartas, trilhos e xadrez

Em primeira vista eu confesso que não dava muita coisa a Battle Train, havia visto alguns trailers e aparições em eventos como o Summer Game Fest, mas nada que realmene impressionasse. Tudo mudou com a versão final do game em mãos, que surpreende positivamente.

Apesar de complexo do ponto de vista visual, as mecânicas de Battle Train são todas simples. Em resumo, jogamos cartas de forma estratégica para alcançar o posto inimigo e atacar com nosso trem carregado de bombas. Literalmente uma batalha de trens.

Mecânicas do Jogo

Tudo funciona por rounds e cada carta possui um custo para ser utilizada. Minérios são a nossa “moeda” para usar as cartas. Assim, se conectarmos a nossa ferrovia a um carrinho de minério, vamos receber mais quando uma nova rodada tiver início.

Além das cartas tradicionais de trilhos, há algumas especiais, que permitem duplicar minérios ganhos, atingir um posto independente do local do tabuleiro e mais. E sim, o “mapa” basicamente é um tabuleiro, com cada participante em uma de suas pontas.

Apesar de cada jogador construir seu próprio trilho, é possível se conectar ao do adversário para usar também. Obviamente, nem sempre fazer essas conexões é uma boa estratégia. Para derrotar o outro jogador é necessário destruir os postos, a quantidade de vezes vai depender da resistência, que pode variar entre inimigos fracos e bosses.

Falando em bosses, o jogo tem uma campanha relativamente curta que você deve progredir em um formato roguelike, escolhendo os caminhos pela frente em meio a bifurcações. No caminho pode haver uma batalha, minigame, curiosidades da história ou até mesmo oficina, para reparar seu trem.

O objetivo se resume a chegar até O Maquinista e provar ser digno de tomar o seu lugar. Porém, até lá, será necessário passar por diferentes cenários, controlando um personagem nomeado simplesmente como “espectador”.

Uma batalha caótica sob trilhos

A narrativa divertida de BattleTrain, em forma de um programa de auditório, merece elogios. Durante as cutscenes, há personagens que parecem ser diretamente da época de ouro da Cartoon Network.

Em contrapartida, o balanceamento das partidas é quase nulo, principalmente durante as boss fights. Isso porque, à medida que construímos os trilhos para avançar até o posto inimigo, a IA sempre encontra uma forma de contornar com alguma carta especial que parece não ter limite de uso.

Esses momentos criam situações de gato e rato, onde por rounds você só tentará sobreviver aplicando bloqueios aos trilhos inimigos. Ou simplesmente estendendo o que era pra ser uma partida rápida, para além dos 30 ou 40 minutos, lembrando uma partida de xadrez muito disputada.

Felizmente Battle Train está localizado em português do Brasil, mas conta com uma dublagem original – as vozes são todas em estilo desenho animado. O jogo está disponível para PC e Nintendo Switch, com expectativa de chegar a outros consoles em breve. Isso faz com que ele seja um jogo bem leve e fácil de jogar em máquinas com configurações mais simples.

Conclusão

Battle Train traz uma mistura de batalhas de trens, xadrez e deckbuilding, com uma história onde as cinemáticas parecem um episódio de animação da Cartoon Network. A jogabilidade é divertida, chegando ao viciante, mas a curva de aprendizado e dificuldade da IA pode ser um problema para jogadores não familiarizados com jogos de cartas.

Outras reviews:

Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas