Concord

Review | Concord tenta surfar no sucesso dos hero shooters

O ano era 2016, e um dos hero shooters que viria a mudar tudo se tornou viral, chegando a desbancar até rivais de peso na disputa pelo Jogo do Ano no The Game Awards.

Overwatch foi uma explosão completa em seu lançamento, conseguindo se manter no topo por pelo menos dois anos, principalmente pela qualidade apresentada na época. Ao final daquele ano, ficou marcado por vencer a disputa de melhor jogo contra o favorito para muitos, Uncharted 4.

E aqui estamos, mais de 8 anos depois, com o surgimento de novos jogos do gênero hero shooters, que não buscam repetir o feito de Overwatch, mas que são inevitavelmente comparados a ele. Um exemplo é Marvel Rivals, que parece trazer um novo fôlego ao gênero.

Entretanto, na tentativa – um pouco tardia – de surfar nesse sucesso, a mais nova aposta da PlayStation é o novo lançamento: Concord, sendo este o segundo jogo a se encaixar nos famosos jogos de serviço, após a ótima recepção de Helldivers 2.

Concord review
Imagem / Divulgação

Como Concord funciona?

Infelizmente, ao contrário do que nos foi apresentado em Helldivers 2, Concord começa com uma cena inicial mostrando alguns dos personagens, mas sem contextualizar quem são, para onde vamos e o porquê das batalhas. Isso pode deixar os jogadores confusos.

Concord, assim como tantos outros jogos, funciona de maneira semelhante ao próprio Overwatch. A diferença fica por conta dos modos de jogo, mapas, particularidades da jogabilidade e heróis.

Com um total de 12 mapas, 16 mercenários e 6 modos de jogo, Concord apresenta mapas amplos, que acabam se tornando até vazios devido à quantidade reduzida de jogadores em uma mesma partida.

Seguindo o padrão de outros hero shooters, nossos heróis são divididos em classes como tanque, suporte, atirador, médico, entre outros. A colaboração entre os membros da equipe é um fator primordial para vencer as partidas.

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Imagem / Divulgação

Modos de jogo

Como mencionado anteriormente, Concord traz um total de 6 modos de jogo, que são divididos em três categorias: Pancadaria, Superação e Rivalidade.

  • Pancadaria: traz o famoso Team Deathmatch e outro modo que se assemelha ao Baixa Confirmada, presente em outros títulos.
  • Superação: equivalente ao modo de capturar área ou bandeira. Para mim, este foi de longe o modo mais “divertido”.
  • Rivalidade: neste modo, jogamos rodadas competitivas sem ressurgimento. E, apesar de haver objetivos a cumprir, os jogadores acabam focando em eliminar a equipe adversária rapidamente, lembrando bastante o modo ranqueado de outros jogos.

Apesar da variedade de modos, Concord sofre pela falta de objetividade, principalmente devido à baixa quantidade de jogadores nas partidas, o que leva a uma demora para finalizar as rodadas ou a falta de interesse nos objetivos.

Concord review
Imagem / Divulgação

Gráficos são bons, mas a jogabilidade não inova

Devemos ser justos: graficamente, Concord entrega bons visuais. Além disso, o jogo apresenta ótimos efeitos sonoros durante o combate.

Quanto ao desempenho, não há do que reclamar, exceto pela ausência de uma configuração gráfica que suporte 120 FPS, algo que já vimos em tantos outros jogos competitivos. É uma pena, dado que o console tem capacidade de entregar mais.

Em todas as horas que joguei, não presenciei erros no servidor ou problemas semelhantes. No entanto, isso é um ponto complicado de se avaliar, visto que Concord apresentou um pico muito baixo de jogadores simultâneos.

Quanto à jogabilidade, confesso que senti falta de algo a mais, alguma novidade ou inovação. Infelizmente, ao jogar Concord, senti que estava jogando qualquer outro jogo já disponível no mercado, nada que justificasse desembolsar R$ 200 para tê-lo.

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Imagem / Divulgação

Concord vale a pena?

Com certeza eu recomendaria Concord a você que está lendo este texto em 2017 — no máximo 2018 —, mas infelizmente não é possível voltar no tempo. A PlayStation se provou eficiente em jogos multiplayer com Helldivers 2, mas errou ao lançar tardiamente um novo hero shooter que não inova em praticamente nada em comparação a outros jogos.

O principal problema não é apostar em um jogo do gênero que um dia foi dominado por Overwatch, mas sim sua precificação de R$ 200 em um mercado repleto de jogos gratuitos, que já se mostraram eficientes e lucrativos, diferente do que Concord possa vir a ser daqui pra frente.

Obs: Essa análise foi realizada com código cedido gentilmente pela PlayStation Brasil.

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas