Se você assim como eu já foi ou ainda é um consumidor de jogos mobile, com certeza já deve ter ouvido falar e quem sabe também jogado o tão “clássico” Temple Run. Agora imagine se Temple Run recebesse uma versão para os consoles, como seria? Já me perguntei bastante isso e confesso que até torci muito para que o jogo quem sabe um dia chegasse. Porém, Phantom Abyss veio para matar esse desejo e relembrar bons tempos de correr, correr e correr.
Obs: Essa análise foi realizada no Xbox Series X através de uma chave fornecida pela Devolver Digital.
Afinal, o que é Phantom Abyss?
Desenvolvido pela Team WIBY e publicado pela Devolver Digital, Phantom Abyss estava em acesso antecipado desde junho de 2021, mas só lançou de fato agora em fevereiro de 2024. O jogo se resume em correr, correr muito, correr como se não houvesse amanhã, até alcançar a tão desejada relíquia. Só isso? Absolutamente não, mas vou explicar melhor como funciona o jogo e suas mecânicas.
De maneira extremamente direta, o jogo se inicia com nosso personagem já em uma espécie de câmara, com um básico tutorial na sequência. Após nos apresentar as mecânicas do jogo, como tudo funciona e de maneira bem direta. sobrevivemos a 3 andares e pegamos uma relíquia. Depois disso finalmente começa tudo ganhar sentido, ai retornamos para o ‘lobby’ das fases.
Logo de cara podemos ver um ser gigante, acorrentado nos pés e mãos, este que é uma espécie de um deus, que nos dá uma simples missão. Teremos que enfrentar desafios em 4 diferentes locais (Ruínas, Cavernas, Inferno e Abismo), cada um deles é composto por 6 pilares e para concluir temos que obter a relíquia em cada um deles. A medida que pegamos as relíquias, a corrente é quebrada e temos a promessa, pelo ser, que nos tirará dali, onde quer que seja esse local.
Temple Run está diferente…
Como podem ver, a história serve mais de pano de fundo para toda a gameplay, que é a parte principal de fato do jogo. E falando sobre, o jogo se concentra em dois modos diferentes, o Aventura e Abismo. No modo Aventura vamos acessar cada um dos 6 pilares, como citei anteriormente, cada um deles será composto de 3 andares, ao final do terceiro, finalmente coletamos a almejada relíquia.
O modo Abismo, este que é acessado em um portal central no ‘lobby’, é composto por apenas 2 andares por ambiente, progredindo em uma única partida, entre todos os 4 locais do jogo. Ao final, após cada um dos andares de cada ambiente, temos o desafio final para coletar a relíquia. Esse modo em especifico tem o desafio muito mais salgado, o que com certeza pode render alguns rages da partida.
Além de tanto correr, temos um chicote que nos auxilia subir em locais mais altos ou interagir com alavancas no cenário. A medida que vamos concluindo os pilares, podemos liberar novos chicotes que possuem melhorias especificas, como maior distância que pode alcançar, mais ágil e por ai vai. Fora o chicote, temos algumas habilidades permanentes que trocamos por chaves que encontramos na nossa run. Dentre as chaves há tipos comum, raro e assim por diante, consequentemente as habilidades também variam o custo. Podemos aumentar a distância do salto, mais vida e entre outras várias opções, que vão evoluindo o gameplay.
Ao início de cada fase que vamos entrar, podemos selecionar modificadores, que aumentam o desafio do jogo e em troca, rende mais benefícios em itens. Vão desde mais dano, menos vida e muito mais, que dão uma sobrevida ao jogo, desafiando a habilidade dos jogadores. E se você está se perguntando se é só correr e usar o chicote, sinto te desapontar. Cada fase conta com diversas armadilhas diferentes, que vão desde espinhos que saem do chão a um robô gigante com laser te perseguindo. A diversão é correr e sobreviver aos truques do cenário ao mesmo tempo.
O fantasma nem sempre é tão bonzinho
Phantom Abyss adota o gênero multiplayer assíncrono com elementos roguelite, ou seja, cada jogador completa sua fase individualmente, mas as ações deles pelo cenário pode te afetar. Nas fases corremos na companhia do fantasma de outros jogadores que por ali passaram. Então, por diversos momentos, vamos encontrar baús, que já foram abertos, se você não for rápido suficiente, isso significa que estarão vazios. Em outros momentos, alguma alavanca que precisamos interagir, será feito por outro jogador.
Uma boa dica ao se sentir perdido é seguir alguns dos fantasmas, pois podem te levar a saída ou caminho certo, mas não se engane, nem sempre é uma boa ideia. Por diversas vezes ao seguir alguns deles, ao ficar perdido, me dei de cara com becos sem saída ou em caminhos que voltavam para traz. Vale destacar que não morremos logo de cara, temos de início três corações, ao estilo jogos mobile mesmo, a medida que tomamos dano, o coração diminui, se zerar todos, voltamos do início, lá no primeiro andar.
Vale a pena, mas…
Phantom Abyss é um jogo extremamente divertido, principalmente para aqueles, assim como eu que sempre desejaram um Temple Run nos consoles. O jogo adota mecânicas interessantes e uma jogabilidade bem simples, porém peca na falta de variedade dos cenários. Por diversos momentos, quando já estamos em outra fase, temos aquela sensação de “Eu já passei por aqui”, e a medida que avançamos, essa sensação piora ainda mais. Vale lembrar que os cenários são gerados de forma procedural.
Além da repetição dos cenários, uma coisa que me incomodou durante a jogatina foi a falta de uma trilha sonora mais presente. O jogo poderia facilmente adotar mais faixas instrumentais, principalmente em momentos de tensão, para apimentar mais as coisas. Agora resta apenas aguardar quanto ao suporte pós lançamento do jogo, visando assim manter o jogo e os jogadores ativos.
Phantom Abyss se encontra disponível para assinantes do Game Pass, podendo ser jogado no PC ou Xbox Series.
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