RoboCop é uma daquelas franquias de filmes que está na estante de clássicos de muitos pessoas, incluindo a mim mesmo. Naturalmente sendo adotado como um tipo de herói pelos fãs mais antigos, entre altos e baixos a franquia foi esquecida na geladeira por muitos anos, e assim ainda segue, sem nenhuma previsão de sequer retornar. Eis que surge RoboCop: Rogue City, para os fãs curtirem aquela velha nostalgia.
Com o primeiro longa sendo lançado em 1987, com o título de RoboCop – O Policial do Futuro, o filme em sua época foi um sucesso, conquistando fãs, além de bons resultados em bilheteria, garantindo assim em 1990 uma sequência. Veio assim RoboCop 2, continuando o que já estava consolidado e obtendo bons resultados novamente. Eis que, em 1993 veio o fracasso completo com RoboCop 3, sendo o mais criticado por fãs e também pela crítica especializada, garantindo assim uma longa geladeira ao herói. Finalmente em 2014, RoboCop volta, em um reboot, que apesar dos bons números em bilheteria, não marcou os fãs.
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Mas vamos voltar lá para a trilogia original, que é o importante aqui. RoboCop segue a história do policial Alex Murphy, que ao ser morto em combate, ganha uma segunda chance, sendo transformado em um ciborgue, super atualizado. O ciborgue (RoboCop) recebe o cérebro de Murphy, sendo assim, um cérebro humano em uma máquina construída para combater o crime organizado. E claro, tendo sua memória apagada, para não se recordar de quem ele era antes do incidente que culminou sua morte.
Nostalgia é você, nostalgia?
RoboCop: Rogue City coloca os jogadores no controle de Alex Murphy ou no caso, RoboCop, qual fã nunca sonhou com isso, né? E a missão é bem simples, combate o crime organizado e derrubar os chefões das drogas. O jogo se passa entre os filmes RoboCop 2 e 3, então como anteriormente citei, a trilogia original é o importante aqui, já que o jogador será colocado em meio aos eventos que já ocorreram no primeiro e segundo filme.
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Com uma nova onda de crime, após o surgimento de um novo chefão do crime, conhecido como “New Guy”, ou o “Cara Novo”, RoboCop tem a missão de executar a lei, junto da sua parceira Anne Lewis (Sim, a mesma dos filmes). E claro, teremos que eliminar ameaças e criminosos, investigar crimes que estão ocorrendo e muito mais.
Quando falo de nostalgia, é porque o jogo apela e forte para o lado nostálgico da coisa. Desde ao estilo clássico, que lembra bastante os filmes, os cenários clássicos ao estilo anos 80/90, além do dia a dia policial bem ilustrado no jogo, onde temos que realizar tarefas cotidianas, como aplicar multas, investigar vandalismo e muito mais. E para um bom fã de RoboCop, logo de começo vai reconhecer a voz de ninguém menos que Peter Weller, ator que deu vida ao robô policial nos dois primeiros filmes.
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Gráficos lindos, mas problemáticos
Vale lembrar que RoboCop: Rogue City foi desenvolvido pela Teyon, a mesma que desenvolveu Terminator Resistance de 2019, que chegou ao PS4 e do amado por muitos gamers (brincadeirinha), Rambo: The Video Game do PS3. Mas calma, não repetiram nada da façanha de Rambo: The Video Game. O jogo foi desenvolvido na Unreal Engine 5 e chegou exclusivamente para a atual geração de consoles, o que já demonstra segurança quanto a gráficos.
O jogo tem gráficos bem bonitos, detalhes de iluminação e reflexos muito bem detalhados, destaco ainda que possui modos Performance e Qualidade. Optei por Qualidade pela diferença gráfica gritante, mas quem preza por um desempenho mais fluído, o modo Performance não deixa nada a desejar, o que não posso dizer o mesmo sobre as quedas recorrentes de FPS no modo Qualidade, principalmente em momento de muitos inimigos em tela e explosões.
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Mas vamos voltar ao motor gráfico, sim, apesar de lindo o jogo traz todos os problemas já recorrentes da UE5, desde muito sttutering, bugs e tudo o que há de bom na otimização terrível. Podendo ser um fator para afastar muitos jogadores que prezam por uma otimização ‘redonda’ nos jogos. E confesso, são problemas que incomodam em determinados momentos, principalmente quanto aos bugs de inimigos entrando dentro de paredes.
Saindo do lado de desempenho, o jogo peca muito nas expressões faciais e sincronia labial praticamente que ausente em maioria dos personagens, apesar da boa dublagem original. Tirando RoboCop, que obviamente é um robô, o restante dos personagens possuem uma expressão também de robô, com expressões faciais piores até que jogos da Bethesda, algo que torna as cutscenes sem emoção.
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Uma gameplay adorável em RoboCop: Rogue City
No que tange a gameplay, destaco que o jogo é um FPS (First Person Shooter) e funciona muito bem como tal. Temos uma variação ‘ok’ de armas, apesar das munições escassas, sendo somente nossa pistola principal com munição infinita. Muita destruição de cenário, algo que é realmente muito legal, podemos explodir facilmente paredes, no combate em escritório por exemplo, podemos ver vários itens voando em meio aos tiros e explosões. Temos uma interação com itens dos cenários para usar como arremessável contra os inimigos.
E para quem está se perguntando, o jogo apresenta um nível bem alto de violência, com desmembramentos, muito sangue e cabeças voando, mas para quem não gosta de tamanha violência, pode ser desativado nas configurações. Falando nelas, o jogo traz muitas opções de acessibilidade, diferentes níveis de dificuldade, podendo o jogador personalizar a experiência de acordo com seu gosto.
A inteligência artificial dos inimigos não da para exigir muito, todos adotam o velho método de correr igual kamikaze atirando em você a maioria do tempo. Praticamente nenhum deles usam cover ou tentam te flanquear, deixando tudo muito fácil para o jogador, mesmo em níveis mais altos de dificuldade. No geral, tudo é muito simples, mas funciona super bem.
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Temos um total de 8 habilidades, que podemos ir upando conforme ganhamos pontos nas missões, cada árvore de habilidade focado em uma diferente melhoria, que pode nos dar melhorias extras como aumento da vida, mais resistência a tiros, habilidade de abrir determinadas portas e assim por diante. Além das habilidades, temos também as melhorias na nossa arma, que podem estender a capacidade de balas, velocidade de recarga e entre outros, que vão evoluir sua gameplay a depender de jogador para jogador.
RoboCop: Rogue City vale muito a pena, mas para NÃO fãs é melhor esperar
RoboCop: Rogue City é sem dúvidas um jogo que vale muito a pena para fãs dos filmes, muito pela sua nostalgia e trazer de volta, após tantos anos, uma essência do que RoboCop representou nos anos 90 principalmente. O jogo entrega uma experiência simples, que diverte, mesmo com sua narrativa clichê de “combater o novo chefão do crime”. Apesar de problemas recorrentes da Unreal Engine 5, a equipe da Teyon fez um trabalho incrível e entregou um jogo digno da atual geração visualmente falando. Para quem não é fã e desconhece a franquia, vale a pena aguardar uma boa promoção ou até mesmo esperar o título aparecer em algum serviço de assinatura como Game Pass ou PS Plus, pois pode vir a ser decepcionante.
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