Desde o primeiro momento em que vi Ruffy and the Riverside, o charme de seus personagens totalmente feitos de papel me capturou, especialmente como um grande fã de jogos de plataforma.

Essa estética única, que remete a desenhos 2D em cenários 3D — bastante similar ao que vemos em Paper Mario —, é um dos pontos mais cativantes do jogo. É impressionante como podemos girar a câmera e os personagens ainda mantêm o aspecto chapado de papel, uma sacada genial.
A essência da troca e o mundo de Riverside
A aventura em Ruffy and the Riverside nos coloca na pele de Ruffy, um herói com o incrível poder da troca. Ele pode copiar e colar diversos elementos ao seu redor, o que é a base para a resolução dos quebra-cabeças. Nossa missão principal é salvar a cidade de Riverside, resgatando todas as letras do icônico letreiro estilo Hollywood.

A mecânica de troca é o coração do jogo. Podemos escolher o que copiar por um tempo limitado, seja um material como madeira, feno ou ferro, ou até mesmo cores. Essa cópia nos permite replicar esses elementos em outros itens por alguns segundos. Por exemplo, se você tem tinta vermelha, ela não interage com uma rocha não interativa, e o jogo te mostra claramente onde a troca pode ser feita. Essa mecânica vai além, permitindo até mesmo trocar água por fogo, ou transformar um arbusto em cachoeiras para alcançar locais impossíveis.
Além da mecânica de troca, Ruffy conta com a ajuda de sua amiga abelha Pip, que nos permite planar por um tempo limitado. Também podemos correr e usar socos simples para atacar inimigos.
Mas a diversão não para por aí: há uma mecânica de andar no feno como um skate, onde participamos de campeonatos de manobras, e o famoso slide, um deslizamento útil para alcançar novos locais.
Muita coisa para bater cabeça
Ruffy and the Riverside é, sem dúvida, focado na resolução de quebra-cabeças. As missões secundárias seguem essa linha, com desafios como pintar cogumelos de acordo com a cor do maior, ou encontrar rochas com formas que precisam ser encaixadas nos lugares certos, com base em pistas ou charadas.
Um tipo de colecionável que vamos encontrar bastante são os Etoi, pequenas bolas de pelos. Eles reagem de forma bastante similar aos Koroks em The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o que é um toque divertido para os fãs de exploração.
O combate em Ruffy and the Riverside é um elemento secundário. Podemos atacar alguns inimigos caso estejam atrapalhando, mas raramente é obrigatório. O foco do combate fica reservado para as três lutas contra chefes, o que reforça o caráter do jogo como uma experiência mais voltada para a resolução de puzzles e exploração.

Terminei o jogo com cerca de 8 a 9 horas de jogo, um tempo razoavelmente bom para um jogo de plataforma. Esse tempo foi com poucas missões secundárias; se você buscar os 100% de conclusão, o tempo de jogo pode se prolongar consideravelmente, garantindo muitas horas de diversão.
Veredito final
Ruffy and the Riverside é uma grata surpresa. É um jogo leve, divertido e com bastante foco em quebra-cabeças bem tranquilos, o que o torna uma experiência relaxante e gostosa de se apreciar.
É um título obrigatório para quem cresceu com jogos de plataforma, principalmente os dos anos 90, e para qualquer um que busque uma aventura charmosa e inteligente.
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