Quem ler minhas análises aqui no Conecta e/ou conhece o meu perfil de jogador, já sabe a paixão e admiração que tenho por jogos independentes, os famosos Indies. Muitas vezes, estas obras já me divertiram bem mais do que muito game Blockbuster. Pra você ter uma ideia, Lies of P, um indie souslike, foi meu GOTY de 2023.
Diante disto, recebi a missão de jogar e analisar S.O.L – Search of Light. Esta obra teve seu lançamento para PC em 2021 e chegou para consoles (PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S) agora em 2024, mais precisamente, no dia 24 de abril. Um jogo fora dos holofotes, talvez você que esteja lendo isto nunca ouviu falar neste título e jogos assim costumam nos surpreender, não é verdade? Infelizmente, nem toda a surpresa é agradável. Fica comigo por aqui e saiba porque, S.O.L, me fez querer ver o “filme do Pelé”.
Ressalto que essa análise é toda baseada na versão de Playstation 5 do jogo, com um código cedido, gentilmente, pela Firenut Games.
Mas o que é S.O.L ?
Quem tiver a coragem de ser aventurar neste título, vai embarcar em uma aventura no estilo Steampunk, com uma temática sombria. S.O.L – Search of Light também possui elementos de roguelike com gerenciamento de recursos, uma mecânica narrativa e defesa de torre, no estilo Tower Defense. Vale ressaltar que o jogo não possui dublagem e nem legendas em Português, só estão presentes os idiomas Inglês e Espanhol.
Seu personagem se chama Foreigner e tem o objetivo de descobrir segredos ocultos que se encontram na superfície. Neste cenário misterioso, Foreigner irá explorar “buracos negros”, que farão o jogador visitar alguns ambientes em busca de respostas e recursos para a fortificação de sua base/vila. Onde você pode contratar robôs que irão lhe auxiliar neste empreitada.
Nada funciona bem em Search of Light
Tudo o que o título da Firenut Games se propõe a fazer, ele não faz direito. A jogabilidade é totalmente travada e desajeitada. Nos momentos de Puzzles, que consistem, mais ou menos, como em Tetris, onde o jogador precisa encaixar peças para progredir, é uma lástima. As peças não possuem física nenhuma e o encaixe delas é bizarro.
Os cenários dentro do buraco negro são totalmente iguais uns aos outros, consegui perceber uns 3 diferentes e só. Os “inimigos” são os mesmos tanto no começo do game quanto no fim. O combate (se é que posso chamar aquilo de combate) é travado, lento, sem graça. A progressão do personagem não existe, os upgrades que você compra para as próximas “Runs” não são nada eficazes. Eu comprei uma esquiva que me fez rir de tão ridícula que é. Por falar em “Runs”, como um jogo roguelike funciona com um personagem que, praticamente, não possui vida? É surreal de frustrante.
No gerenciamento de recursos, o jogo não explica nada para o jogador, somente um tutorial breve e raso. Não importa o quanto de recurso você invista na sua vila, nada parece fazer sentido. A mesma não apresenta diferença alguma na gameplay e nem instiga o jogador à explorar ainda mais o buraco negro atrás de recursos. O jogo não empolga em nada, nem mesmo o mistério do “o que será que vem pela frente?”. Nada te faz querer continuar jogando isto.
E você achou que não poderia piorar?! “Sabe de nada, inocente”. Só imagina aí um jogo Roguelike com muitos bugs de progressão, onde você ficará preso em paredes, em pequeno buracos e, o mais grave, Foreigner cai em um limbo do cenário e isso faz com que o jogador precise reiniciar o jogo. E sim, todas as vezes que esses bugs ocorrem, você perde todo o seu progresso tendo que começar TUDO DE NOVO! Imaginou? Pois é, se prepare para encontrar tudo isso em S.O.L. Algo que me fez querer desistir do título por várias vezes, não antes de jogar meu controle na parede.
Mas, e aí? Vale a Pena?
Se você leu tudo até aqui, já imagina a resposta para essa pergunta. Não, não vale a pena. O jogo possui gráficos ruins, trilha sonora praticamente inexistente, história zero, combate horrível, sistema de progressão pífio e repleto de bugs que não deixam você progredir no jogo. Junta tudo, coloca no liquidificador e, pronto, você tem S.O.L – Search of Light. O título que procurou a luz, mas só encontrou escuridão. Mas, é aquela coisa, essa é minha visão dele, se tiver oportunidade e quiser provar tudo o que escrevi aqui, fique a vontade, mas depois não diga que eu não avisei.
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