Após sete anos de espera, surge a inesperada continuação da saga de Senua, com Senua’s Saga: Hellblade II, apresentando visuais que se alinham com a próxima geração em uma experiência narrativa e imersiva exclusiva para Xbox Series X | S e PC.
A Ninja Theory, um estúdio de porte modesto com uma equipe reduzida de desenvolvedores, demonstrou sua notável competência desde o lançamento de Hellblade: Senua’s Sacrifice na produção de jogos de alta qualidade. Com Hellblade II, o estúdio não apenas alcançou novos patamares, mas estabeleceu um novo padrão, aproveitando ao máximo o potencial da Unreal Engine 5 para entregar uma experiência visualmente deslumbrante.
Obs: Análise realizada no PC com código cedido pela nossa parceira Nuuvem.
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História profunda
Senua’s Saga: Hellblade II é uma continuação direta de seu predecessor, onde Senua busca vingança contra os vikings que invadiram suas terras e sacrificaram seu amante. Com uma duração média de sete a oito horas, a narrativa mantém uma abordagem semelhante à do primeiro jogo, explorando a jornada de uma protagonista atormentada pela psicose e assombrada pelas vozes em sua mente, simbolizadas aqui pelas Fúrias, que influenciam seus sentimentos e pensamentos.
No entanto, nesta sequência, testemunhamos uma Senua mais madura, que aprendeu a lidar de forma mais eficaz com essas vozes, demonstrando maior controle sobre suas ações. Apesar disso, o peso da culpa permeia todas as suas decisões, especialmente a culpa pelas mortes que ocorreram em seu caminho, incluindo a de seu amado Dilion.
A Ninja Theory lançou um documentário que explora o estudo realizado com psicólogos para retratar com precisão a psicose da personagem, evidenciando o cuidado do estúdio em transmitir ao jogador a experiência do estado mental de Senua durante o jogo. Isso contribui significativamente para a imersão audiovisual, provocando uma reflexão sobre a linha tênue entre realidade e interpretação para o jogador.
Imersão de nova geração
Para garantir a fidelidade e o realismo na transmissão da história e das experiências de Senua, o estúdio não poupou esforços nos aspectos visuais e sonoros. Desde o início, recomenda-se jogar com fones de ouvido para aproveitar a tecnologia de áudio binaural, que utiliza microfones ultrassensíveis para capturar cada som e sussurro, criando a sensação de que o jogador está imerso na mente da protagonista. Embora essa tecnologia já estivesse presente no primeiro jogo, a Ninja Theory dedicou uma equipe exclusiva à captura desses sons, proporcionando uma experiência ainda mais envolvente. Essa imersão é amplificada pela utilização da Unreal Engine 5, que oferece visuais impressionantes que rivalizam com os melhores desta geração, graças à captura de expressões faciais e movimentos.
O jogo se destaca em todos os aspectos, desde efeitos visuais até iluminação e sombras, o que, por sua vez, exige recursos consideráveis. Nos consoles, a taxa de quadros é mantida em 30 frames por segundo para preservar o desempenho e a qualidade gráfica, enquanto no PC, os jogadores têm acesso a diversas opções de configuração, incluindo reconstrutores de imagem, Framegen e suporte a ultrawide. Mesmo em configurações mais modestas, como a testada (RTX 2060, I5 12400, 32GB), é possível manter uma taxa de quadros superior a 60 frames por segundo com ajustes no nível de detalhes, sem comprometer a qualidade visual.
Uma experiência merecida
Senua’s Saga: Hellblade II cumpre suas promessas, oferecendo uma sequência que explora a jornada de uma personagem atormentada pela psicose, aprendendo a lidar com a culpa e a dominar seus sentimentos enquanto enfrenta os obstáculos, sejam eles reais ou imaginários. Senua continua a cativar, contribuindo para a imersão do jogador, enquanto os aspectos técnicos do jogo estabelecem um novo padrão na indústria, deixando um marco na geração.
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