Review | Somerville traz uma bela história de um pai

Esta análise foi realizada com código fornecido pela Jumpship. Agradeço a confiança no trabalho.

O mercado de jogos independentes, nos últimos anos, vem em crescente alta, com jogos de qualidade que pode ser comparada a grandes títulos, os chamados Triple A (AAA). Muitos desses jogos até mesmo contando com pequenas equipes no desenvolvimento ou até uma pessoa só.

Somerville surge da ideia de um pequeno estúdio, a Jumpship, que conta com ninguém menos que Dino Patti, cofundador da Playdead que trabalhou em Limbo e Inside. Ambos foram jogos que me marcaram ao começar conhecer mais o mercado de Indies, com sua qualidade em conseguir prender do início ao fim, sem se prolongar demais e o trabalho artístico. E lá vamos para mais uma review, para entender um pouquinho mais do que se trata.

A Guerra dos Mundos de forma animada

Tudo começa em uma simples noite, uma família em seu belo sofá, dormindo enquanto a TV está ligada, como qualquer dia tranquilo. Até que pouco depois do bebê acordar e assumirmos o controle dele, fazendo uma sequência de ações, até que uma espécie de meteoro gigantesco cai próximo da nossa casa e ai se inicia a nossa jornada.

Após uma sequencia de acontecimentos, para tentar sobreviver na casa, o homem (nosso personagem) é atingido por uma energia, estranha e nada antes visto ali no nosso mundo, e desmaia. Ao acordar, sua família desapareceu e cabe a nós, fazer o que for possível para reencontrar eles em um mundo que foi tomado por uma invasão alienígena.

Quando chegamos aqui, percebemos uma clara referência ao filme Guerra dos Mundos, protagonizado pelo Tom Cruise ao lado de Dakota Fanning. Onde nosso personagem é submetido a diversas adversidades, ataques e obstáculos, para assim, manter vivo a esperança que possa reencontrar sua família. E claro, não poderia faltar também uma mescla de toda a qualidade entregue em Limbo e Inside, que mesmo sem os diálogos do nosso personagem, expressões faciais bem trabalhadas ou realismo gráfico, consegue nos deixar apreensivos pelo destino dessa história.

Uma invasão com ótima qualidade

Apesar de sua simplicidade, o jogo oferece uma direção de arte muito bem trabalhada, com detalhes e ambientação bem feitos, além dos diferentes cenários que iremos passar durante o gameplay. Assim como em outros jogos do mesmo criador, o título conta com cerca de 2 a 3 horas de extensão, com múltiplos finais, sendo eles necessários para quem busca o 100% das conquistas (infelizmente o jogo não conta com platina).

No que diz respeito ao desempenho, o jogo não deixa a desejar, até por ser leve, então não presenciei bugs, quedas de desempenho, nem nada que atrapalhou a conclusão. Ainda conta com uma trilha sonora simples, mas que se encaixa perfeitamente no que se propõe, criando uma imersão e profundidade melhor ao sentimento de conclusão do jogo.

Jornada simples, mas valiosa

Somerville entrega uma história, que por mais que muitos de nós já tenhamos visto em outras obras, seja games, filmes ou livros, vale o sentimento de conclusão. O jogo ainda oferece uma linda mensagem na importância da família e enfatizando até onde um pai é capaz de ir, o que está disposto a enfrentar, pelo bem do seu filho, além de sacrifícios que são encontrados pelo caminho.

Com uma campanha curta, mas que não se torna maçante, entregando uma qualidade párea a Limbo e Inside, o jogo nos leva a uma jornada simples de ficção cientifica, mas que ao final, se torna tão valiosa, quanto grandes títulos no mercado dos jogos e que definitivamente irá te surpreender ao dar uma oportunidade ao game. Lembrando também que o jogo ainda se encontra no catálogo do serviço do Gamepass.

Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gdouglas97