It Takes Two foi um grande fenômeno e continua fazendo sucesso entre o público gamer e o público geral. Com esse sucesso avassalador, a expectativa para o próximo jogo de Josef Fares estava altíssima, e agora podemos finalmente experimentar mais uma aventura cooperativa para compartilhar momentos incríveis com quem mais gostamos.
Uma lição para a vida
Em Split Fiction, controlamos Mio e Zoe, duas personagens com personalidades opostas. Mio é mais reservada e introspectiva, enquanto Zoe é extrovertida, enérgica e cheia de entusiasmo. Ambas são escritoras em busca de publicar suas obras pela editora Rader.
Ao chegarem à empresa, descobrem que foram escolhidas como cobaias de um experimento conduzido pelo CEO, Rader. O projeto consiste em permitir que escritores vivenciem suas histórias dentro de uma simulação. Mio, receosa, recusa-se a participar. No entanto, um acidente inesperado a faz entrar na máquina junto com Zoe, e as duas acabam compartilhando os universos de suas respectivas obras.
A narrativa segue um padrão familiar em histórias do entretenimento: duas pessoas que inicialmente não se conhecem bem precisam trabalhar juntas, superando diferenças e conflitos para escapar daquela realidade. No fim, acabam formando uma grande amizade.
O jogo nos transporta para dois mundos distintos: um cenário de ficção científica criado por Mio, repleto de adrenalina e tecnologia futurista, e um ambiente medieval idealizado por Zoe, povoado por monstros, bruxas e muita magia.
O tema central é abordado com sensibilidade: superar traumas e seguir em frente. A forma como o jogo representa os sentimentos internos de cada personagem é envolvente e profunda, levando o jogador à reflexão sobre suas próprias experiências.
Uma surpresa atrás da outra
É aqui que Split Fiction realmente brilha. As mecânicas básicas incluem saltos, impulsos e o uso de um gancho para alcançar locais elevados, mas a grande surpresa está na constante evolução da jogabilidade.
Cada nova fase traz mudanças inesperadas. Em determinados momentos, as personagens podem se transformar em criaturas como um macaco ou uma fada, vestir trajes que lembram a icônica armadura de Master Chief, e até protagonizar intensas cenas de tiroteio. Há também sequências onde os jogadores controlam juntos uma criatura gigante de duas cabeças. Além disso, o jogo incorpora trechos em perspectiva 2.5D, algo já visto em It Takes Two, mas explorado ainda mais aqui.
O jogo é repleto de referências à cultura pop e ao mundo dos games. Além da homenagem a Halo, encontramos elementos inspirados em Dark Souls, Metal Gear Solid e Spyro the Dragon. Até histórias infantis são referenciadas, como Os Três Porquinhos, um dos momentos mais divertidos de toda a aventura.
Duração perfeita
Levei cerca de 15 horas para concluir a campanha, explorando cada canto dos cenários e cumprindo missões secundárias. Para um jogo totalmente cooperativo, esse tempo é excelente e bem próximo à duração de It Takes Two. A experiência é tão envolvente que você nem percebe as horas passando.
Se o seu objetivo for conquistar todos os troféus e conquistas, é possível fazer isso já na primeira jogada. Caso algo fique para trás, há a opção de seleção de capítulos para revisitar os momentos desejados.
Pequenos problemas que não atrapalham
Durante minha jornada, encontrei apenas dois problemas técnicos. O primeiro ocorreu ao deslizar sobre uma plataforma, onde fiquei preso e precisei reiniciar o jogo. O segundo foi um pequeno problema gráfico que desapareceu rapidamente sem impactar a jogabilidade.
Vale a pena?
Split Fiction eleva a experiência cooperativa ao máximo, oferecendo uma impressionante variedade de mecânicas dentro de um único jogo. Ele é acessível, divertido e perfeito para jogar com qualquer pessoa, independentemente da experiência com videogames. Se você busca uma aventura cativante e cheia de surpresas, este é um título imperdível.
Obs: Está análise foi produzida com um código enviado pela nossa parceira Nuuvem.
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