Titan Quest II, título da THQ Nordic (de “Biomutant“, “Destroy all Humans!” e outros) foi liberado para testes nesse final de semana do dia 13 ao 16 de março. O game de ação que mistura o gênero de RPG aos elementos da mitologia grega, será lançado ainda esse ano e é a continuação direta do game de mesmo nome lançado em 2006.
A sua própria odisseia
Todos já ouvimos falar da tal “Jornada do Herói” em grandes odisseias gregas. Desde Hércules que precisava cumprir 12 trabalhos para conquistar redenção ou a grande aventura de Teseu ao enfrentar o Minotauro no gigantesco labirinto de Dédalo. Em Titan Quest II criamos a nossa própria história em meio ao caos criado por Nêmesis (Deusa da Vingança e da Retribuição) que está corrompendo os fios invisíveis do destino a fim de que todos os seus opositores sejam condenados à punição eterna. Para detê-la o seu herói precisa se unir a outros deuses em batalhas caóticas.
Na primeira hora de hora de jogo da preview precisamos lidar com um ataque do Grifo em aldeias da região. Sendo um dos únicos a poder auxiliar aquelas pessoas, o seu herói parte em sua jornada com apenas uma espada e uma fraca armadura. A partir daqui o seu destino, se será difícil ou não, se terá combates de proximidade ou à distância – tudo será definido por você.

Combate
Titan Quest II é um RPG de Ação Isométrico e qualquer combate pode ser tornar impossível se não for utilizada da tática certa. Em Titan Quest, o ataque sem planejamento é sinônimo de frustação – e eu aprendi isso da pior forma -. Os inimigos atacam em conjunto, em pouco tempo você pode se ver completamente cercado e sem chances de sobrevivência. Antes de iniciar um combate, esteja certo sobre a quantidade de inimigos presentes na área, qual habilidade usar e quais momentos se afastar para recuperar as rédeas do combate.
É claro que dificuldades como essas precisam de bons retornos e a desenvolvedora entendeu isso muito bem. Até mesmo combates com o mais simples grupo de inimigos pode te recompensar com bons pontos de habilidade e até mesmo uma boa peça de armadura e/ou arma.
Perto de finalizar a primeira hora de gameplay, depois de ter decorado o timing das investidas, definido a base da minha build com a arma principal e habilidade favorita. Enfrentei, com muito esforço, a minha primeira criatura mitológica: o Grifo. Pude sentir na pele uma coisa interessante a ser relatada: No game a dificuldade de alguns chefes é tão alta que o prazer de derrotá-lo é maior do que qualquer recompensa material.
Como disse anteriormente, a escolha de habilidades e armas são de total responsabilidade do jogador. Na preview liberada, temos acesso à três maestrias: Earth, Storm e Warfare (Terra, Tempestade e Guerra). Cada uma das três maestrias possui a sua própria árvore de habilidades, mas não há necessidade de ficar preso em apenas uma delas, existe liberdade de upar e misturar habilidades das três. Isso mantém o combate mais flexível e cria uma gama muito maior de combos durante o combate.
Para deixar Apolo, o deus da arte, orgulhoso
O capricho de Titan Quest II não está apenas na infinidade de movimentos e situações de combate. Esses vinte anos de espera desde o primeiro game são compensados com o carinho depositado na sua arte. É perceptível o esforço nos detalhes dos ambientes. Ainda que esteja na frenesi de um combate, a iluminação e/ou efeitos dos seus ataques misturados com background do ambiente, tudo conversa e se mantém em equilíbrio.
A trilha sonora fecha com chave de ouro. As músicas são tocadas com instrumentos medievais como alaúdes, tambores e saltérios. A harmonia se completa com as letras gregas antigas cantadas em coral pela cantora de ópera Aphrodite Patoulidou.
Não posso dizer que Titan Quest II é uma boa surpresa porque o game ser incrível já é algo de ser esperado. Pelo menos as duas/três horas de gameplay da preview fizeram valer a tão grande espera de vinte anos por essa continuação.
Titan Quest II ainda não possui data de lançamento, mas a previsão é de que seja lançado ainda em 2025 para PC (via Steam), Playstation 5 e Xbox Series X|S.
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