Em tempos atuais, observei que a indústria vem deixando de lado os jogos lineares para focar em jogos imensos e vazios. Stellar Blade veio com uma proposta que lembra muito a época de ouro dos AAA’s lineares, mas será que ele cumpriu tudo o que se propôs a entregar? Vamos ver isso em nossa análise.

Agradecimento a PlayStation Brasil por nos enviar uma cópia para a realização do review

Após deixar a Colônia, EVE, membro do 7º Esquadrão Aéreo, chega às ruínas desoladas do nosso planeta com uma missão muito clara: reconquistar a Terra para salvar a humanidade dos Naytibas, a força malevolente responsável pela devastação do planeta. Mas conforme EVE confronta os Naytibas um a um e desvenda os mistérios do passado escondidos nas ruínas da civilização humana, ela percebe que essa missão é muito mais complicada. Na verdade, quase nada é o que parece…

Primeiramente devo destacar que, a ambientação é espetacular. Mesmo não sendo muito fã de jogos futuristas, o trabalho realizado pela direção de arte neste jogo foi impecável. Embora os modelos ao nosso redor não sejam revolucionários, são muito bem feitos e polidos, sendo agradável de admirar.

Stellar Blade

Além de Eve, uma protagonista muito bem desenvolvida, temos Adam e Lily nos acompanhando em nossa jornada, auxiliando com um drone que carregamos, ou quando realizamos upgrades.

Um gameplay prazeroso

A nossa protagonista contém apenas uma arma principal, que é uma espada futurista. Não liberamos nenhuma outra arma principal para trocar durante o jogo inteiro, limitando somente ao upgrade dela.

Já as armas secundárias são compostas por habilidades beta, explosiva e um especial.

As habilidades beta são golpes rápidos e fortes que temos que carregar a barra beta para utilizar os golpes, tendo 4 golpes diferentes nesta habilidade. Para ativarmos, seguramos L1 e apertamos um dos comandos de ação tradicionais (triângulo, círculo, quadrado e X). Esta barra é carregada conforme vamos acertando inimigos, ou acertamos o parry corretamente.

Já as habilidades explosivas, têm a sua própria barra de energia também, funcionando de forma semelhante à beta, com a diferença de terem golpes com mais alcance.

Stellar Blade

Quanto a habilidade especial, é um modo imortal, onde ficamos um tempo invulnerável e com o traje diferente do usado por Eve, do qual não vou dar tantos detalhes, para não afetar a experiência. Para os saudosistas, este especial é bem semelhante ao Rage of Sparta que encontramos na franquia God of War.

Agora, uma das ferramentas mais importantes que devemos dominar para obter sucesso, são a esquiva e o parry. A esquiva é padrão em muitos games do estilo. Quando é realizada no tempo correto, podemos ter a chance de contra-atacar rapidamente. Já o parry, quando feito no timing correto várias vezes, atordoa o inimigo e conseguimos assim dar mais dano.

Em toda a nossa jornada, será comum encontrarmos acampamentos espalhados em todos os cantos. Nestes acampamentos, podemos recuperar a nossa energia, comprar equipamentos, upgrades em armas, armaduras e slot de vidas, e em alguns acampamentos específicos temos um ponto de fast travel, que é representado por um orelhão.

Conteúdo secundário e trilha sonora

Outro ponto em que Stellar Blade se destaca é em sua trilha sonora. Em alguns trechos, podemos ouvir influências de K-Pop, enquanto exploramos as redondezas. Nas batalhas contra os chefes, a presença do Heavy Metal é bem mais impactante, trazendo mais adrenalina para o combate.

Falando ainda da trilha sonora, só houve um ponto que me incomodou. Algumas vezes fica em um loop infinito, principalmente as músicas cantadas. Chega uma hora que você acaba se irritando com a repetição constante em um curto período de tempo.

Um ponto que não me agradou muito foram as missões secundárias. Elas acabam sendo muito tediosas, caso você faça várias delas. E para piorar, se chegarmos a um determinado ponto, não podemos voltar nelas, tendo que começar novamente ou iniciar um New Game + para ter a chance de jogá-las.

Uma coisa que gosto de destacar nas minhas análises é como o Dualsense funciona nos jogos, e em Stellar Blade, o feedback háptico brilha muito. Você sente a vibração do controle muito detalhada, inimigos passando ao seu lado, o parry, é impressionante. Já nos gatilhos, o uso é bem mínimo, havendo pouca diferença quando utilizamos munições diferentes, mas mesmo assim, a experiência com o controle continua muito boa.

Conclusão

Para quem tem saudades da época de ouro dos AAA’s lineares, Stellar Blade traz toda essa nostalgia e empolgação de volta para os jogadores. A Shift Up, em seu primeiro jogo de console, fez um trabalho digno de grandes estúdios. Torcemos muito para que eles cresçam e tragam mais jogos do estilo.

Outras reviews:

Gráficoos
9
Jogabilidade
9
Trilha Sonora
9
Conteúdo Secundário
7.5
8.6

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