Neste mês de setembro teremos uma sexta-feira 13, dia cercado de misticismo, temido por uns e amado por outros. A data também marca o lançamento de um dos álbuns mais importantes da história do rock: o autointitulado de estreia da banda Black Sabbath, de 1970.
“Black Sabbath”, o disco, é considerado o marco inicial do heavy metal e catapultou o grupo formado por Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward para o sucesso. O álbum ganhou repercussão em todo o mundo com uma sonoridade rock mais pesada, fortemente influenciada pelo blues e letras sombrias com temáticas que giram em torno do horror.
Uma das grandes curiosidades sobre o álbum é que seu nome veio diretamente de um filme. “Black Sabbath”, longa italiano de terror dirigido por Mario Bava, foi lançado em 1963 e foi a inspiração para que Osbourne e Iommi batizassem a banda. Embora nunca tenham assistido a produção, os dois viram um cartaz da obra nas ruas de Londres e gostaram do título.
“Foi quando tudo começou a acontecer. O nome parecia misterioso, deu às pessoas algo em que pensar e nos deu uma direção a seguir,” disse Iommi em entrevista ao Express UK.
As três Mascaras do Terror
O filme que, no Brasil, recebeu o título de “As Três Máscaras do Terror”, é composto por três contos independentes , baseados nas histórias escritas por Aleksei Tolstoy, Ivan Chekhov e F.G. Snyder.
O primeiro, “O Telefone”, acompanha uma prostituta que recebe uma ligação misteriosa com uma ameaça de morte. O segundo, “O Wordulak”, apresenta uma família que, do interior da Rússia, enfrenta uma linhagem de vampiros sedentos por sangue. O terceiro, “A Gota d’Água”, mostra uma enfermeira que desperta a fúria de um cadáver ao roubar seu anel enquanto a preparava para o funeral.
“As Três Mascaras do Terror” é considerado um marco por ser o primeiro filme de terror em cores. É também uma representação de um período marcante do cinema de terror que passou por uma renovação na década de 1960.
A obra apresenta uma nova estética composta por cores gritantes e uma atmosfera marcada pelo sobrenatural e por forças ocultas. Mario Brava, inclusive, foi responsável por inaugurar um novo subgênero, chamado Giallo (amarelo, em italiano).
Brava também escreveu o roteiro de “As Três Mascaras do Terror” ao lado de Marcello Fondato, Alberto Bevilacqua. No elenco estão Michèle Mercier, Lidia Alfonsi, Boris Karloff, Mark Damon, Susy Andersen, Massimo Righi, Rika Dialyna, Glauco Onorato, Jacqueline Pierreux, Milly, Harriet Medin, Gustavo De Nardo, Milo Quesada, Alessandro Tedeschi.
Apesar do universo do filme não estar diretamente ligado ao álbum de estreia do Black Sabbath, é inegável que as duas produções artísticas têm muito em comum. Isso se dá tanto pela estética e temática imersas no terror e no gótico quanto por serem marcos inaugurais de novas tendências na música e no cinema.
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