Desde que joguei Astro Bot: Rescue Mission no PlayStation VR, sempre desejei que a PlayStation trouxesse mais aventuras nesse estilo, mas fora da realidade virtual. Com o lançamento de Astro’s Playroom, ainda mais gratuito para todos, essa vontade só aumentou e deixou aquele gostinho de “quero mais“.
Agora surge a pergunta: será que esta nova aventura do mascote da PlayStation consegue ser tão brilhante quanto seu antecessor? Para os fãs da marca, especialmente aqueles com um vasto conhecimento dos jogos desde o primeiro PlayStation, e para os amantes de jogos de plataforma, já adianto que vale muito a pena conferir.
Vamos ao review!
Agradecimento a PlayStation Brasil por nos enviar uma cópia para review.
Uma nova aventura
A história de Astro Bot é simples: estamos viajando pelo espaço em uma nave com formato de PlayStation 5 quando, de repente, um alienígena ataca, espalhando todos os Bots e peças da nave pela galáxia. Nosso objetivo, então, é recuperar essas peças e voltar para casa.
A nave cai em um planeta chamado “Local da Queda”, que serve como ponto central para acompanhar o progresso e abrigar os bots resgatados. As fases se organizam de maneira simples: ao entrar em uma galáxia, encontramos algumas fases desbloqueadas e, conforme as completamos, novas são liberadas.
Cada fase tem, em média, 8 bots para resgatar e 3 peças de quebra-cabeça para coletar. Além disso, alguns bots são especiais, marcados com os símbolos dos botões do PlayStation, em homenagem a outras franquias, como vimos em Astro’s Playroom.
Um jogo de plataforma de respeito
Algumas fases escondem segredos. Um símbolo em espiral sobre elas indica a presença de uma fase secreta, que, ao ser encontrada, nos leva para uma galáxia especial. Essas fases, por sua vez, complementam o jogo e são obrigatórias para quem deseja coletar todos os bots e peças do quebra-cabeça.
Além disso, outras fases são desbloqueadas ao navegarmos pelo mapa da galáxia, onde podemos encontrar meteoros que precisam ser destruídos. Essas fases são mais curtas e o desafio é passar por elas sem morrer.
Um exemplo interessante é o meteoro em formato de triângulo, que, ao ser destruído, libera quatro fases relacionadas ao botão triângulo do controle. Esse padrão, inclusive, se repete para os outros botões principais (X, quadrado e círculo).
Conforme avançamos, encontramos chefes criativos e bem elaborados, embora alguns sejam repetidos de Astro Bot: Rescue Mission. O padrão para derrotá-los é semelhante: desviar dos ataques, encontrar o ponto fraco e atingi-lo três vezes. Ao derrotar o chefe, resgatamos um Bot temático, como o Spike, protagonista de Ape Escape. Sua fase traz uma mecânica inspirada em seus jogos antigos, com a caça a bots em forma de macacos
Gameplay
O gameplay segue o mesmo estilo de seu antecessor, com pulos, ataques giratórios, e a habilidade de planar por um tempo. A grande novidade, no entanto, são as habilidades especiais, que encontramos em baús específicos no início das fases. Um dos primeiros poderes, por exemplo, é o de um sapo, que permite dar socos com um braço esticado, como uma mola. O destaque, por outro lado, vai para a habilidade do rato, que diminui o personagem para passar por obstáculos minúsculos e acessar novos caminhos.
Embora alguns jogadores possam achar que os inimigos se repetem em relação ao Playroom, o jogo não se alonga a ponto de isso ser um problema.
O uso do DualSense é, sem dúvida, um dos pontos altos. Se o controle surpreendeu em Astro’s Playroom, aqui ele vai além, utilizando quase todas as funções do controle, com gatilhos adaptáveis e vibração que reflete cada ação, seja voando com a Dual Speeder ou rolando em espinhos.
Levei cerca de 12 horas para finalizar a campanha, focando em coletar o máximo de bots e peças de quebra-cabeça possível. Para quem busca completar 100%, o tempo pode se estender para cerca de 20 horas, o que considero um bom tempo para o estilo do jogo.
Os detalhes no cenário são impressionantes. Por exemplo, ao andar sobre balões, eles reagem ao peso do personagem, deformando-se de forma realista. Além disso, outro detalhe interessante é o movimento individual de objetos no chão, como engrenagens, ao passarmos por elas.
O “Local da Queda” também oferece extras desbloqueáveis ao coletarmos peças de quebra-cabeça, como o Gatcha, onde gastamos moedas para adquirir itens que variam de acessórios para os bots até roupas para o protagonista. Além disso, é possível personalizar a Dual Speeder e o protagonista com roupas inspiradas em franquias famosas da PlayStation, como Parappa the Rapper, Sly Cooper e Uncharted.
Conclusão
Astro Bot mantém o charme de seu antecessor, trazendo novidades nas habilidades e uma ótima integração com as funções do DualSense. Embora alguns elementos sejam repetidos, a aventura continua sendo divertida, especialmente para fãs da PlayStation e do gênero plataforma.
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