Elsie review

Review | Elsie: um roguelike plataforma 2D divertido e desafiador

Nos últimos anos, vimos um crescimento gigantesco no gênero roguelike. Com grandes jogos se popularizando, como Hades, Returnal e tantos outros, a ideia começou a se refletir em títulos menores também.

Desta vez, Elsie é o mais novo lançamento roguelike, que mescla elementos de plataforma 2D. Algo bem próximo de Ultros (confira a análise aqui), mas claro, com suas particularidades em relação à jogabilidade, habilidades e outros elementos.

Elsie
Imagem / Captura por Genner Douglas

O mundo clássico de Elsie!

Com uma narrativa até bem elaborada como plano de fundo, somos introduzidos a Ekis, com uma cena ao estilo dos jogos clássicos dos anos 80 e 90.

Na cena inicial, vemos Dra. Grey, responsável pela criação de androides superpoderosos, cuja função era defender o planeta dos desastres naturais, sendo conhecidos como Guardiões.

Um dia, misteriosamente, todos os androides desaparecem, sem deixar rastros. Dra. Grey, então, desenvolve sua última grande arma para localizar os Guardiões desaparecidos: Elsie.

Assim, Elsie deve partir em busca dos Guardiões, lutando contra diversos tipos de inimigos, que variam dos mais fáceis aos mais desafiadores, além de chefes insanos, com batalhas dinâmicas que exigem o uso de todas as suas habilidades.

Elsie
Imagem / Captura por Genner Douglas

Roguelike dos anos 80!

Como citei no começo do texto, Elsie é definitivamente um roguelike, mas traz suas particularidades. Entre elas está o nosso ponto de partida, chamado Cais.

No início de cada run, interagimos com uma torre gigante ao centro, sendo transportados para a fase. Cada fase lembra bastante o funcionamento de jogos de plataforma 2D antigos, como Metal Slug, por exemplo. No final da fase, enfrentamos um chefe e, ao derrotá-lo, temos duas opções de interação, sendo uma delas o teleporte para a próxima fase.

À medida que progredimos, encontramos personagens para resgatar, que vão diretamente ao Cais. Cada um desses oferece diferentes “serviços”, onde podemos adquirir armas, habilidades e upgrades para Elsie com as sucatas recolhidas ao derrotar inimigos e abrir baús.

Elsie
Imagem / Captura por Genner Douglas

No meio da run, encontramos as chamadas fogueiras, nas quais podemos adquirir habilidades que facilitam o desafio do jogo. As habilidades adquiridas durante a run são perdidas ao morrer, assim como todo o progresso, fazendo-nos voltar ao Cais.

Graficamente, Elsie também remete a jogos clássicos, com seu visual pixelado unido a um design futurista. Infelizmente, um dos grandes pontos negativos nas minhas horas de jogo foi a falta de criatividade nos cenários. Diversas vezes passei por locais que me deram a sensação de que foram apenas reaproveitados, mudando apenas o posicionamento de inimigos ou baús.

Elsie
Imagem / Captura por Genner Douglas

Prepare-se para morrer!

Apesar dos cenários repetidos, Elsie traz uma trilha sonora espetacular. Faixas instrumentais e batidas frenéticas se encaixam perfeitamente no combate rápido do jogo.

Em alguns momentos, senti como se estivesse jogando Metal Slug, mas com um desafio maior, devido à impossibilidade de morrer, já que, caso isso ocorra, todo o progresso será perdido. Entretanto, morrer será muito comum, especialmente nas primeiras runs, até que suas habilidades e armas sejam melhoradas.

Elsie
Imagem / Captura por Genner Douglas

Nas primeiras horas, senti Elsie extremamente difícil, um fator que com certeza pode afastar jogadores inexperientes em roguelikes ou aqueles que não querem passar por muito estresse. Felizmente, o jogo traz diversas opções de acessibilidade que facilitam bastante a jornada da nossa andróide, como a possibilidade de ativar o modo de invencibilidade.

Uma das opções de acessibilidade que gostei bastante foi a visualização dos FPS, algo comum em PCs. Com a opção ativa, é possível ver como o jogo é fluido e estável, rodando sempre na faixa dos 120 FPS.

Elsie
Imagem / Captura por Genner Douglas

Elsie vale a pena?

Elsie é mais um roguelike no já extenso (e talvez futuramente saturado) mercado de jogos do gênero. Apesar de seu alto nível de desafio, é um jogo que com certeza diverte, com batalhas frenéticas e uma progressão interessante que facilita as runs. Para os jogadores que buscam apenas se divertir, as opções de acessibilidade são muito bem-vindas e ajudam a atrair mais pessoas para o belo planeta Ekis.

Obs: Análise realizada com código cedido pela Playtonic Games

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas