Em entrevista recente ao meio de comunicação estrangeiro IndieWire, Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro 2024 como “Melhor Atriz em Filme de Drama”, rebateu as críticas por ser “nepo baby“.
O termo em inglês refere-se a filhos de celebridades que tiveram sucesso em suas carreiras por conta da fama dos pais. O termo é uma abreviação de “nepotism baby“, que significa “bebê do nepotismo”. No caso, Torres foi vinculada à expressão por ser filha de Fernanda Montenegro.
“Você não precisa matar um ‘nepo baby’ assim que ele nasce. Eu realmente odeio essa ideia porque as pessoas aprendem pelo ambiente“; iniciou assim a atriz de 59 anos.
Fernanda também afirmou que o fato de ter uma atriz tão aclamada em seu país como mãe não lhe deu “vida fácil” em relação ao seu trabalho como artista: “Isso não significa que quando você é um ‘nepo baby’ sua vida está resolvida. Pelo contrário, você tem que se inventar. Você tem outros problemas“.
Por fim, Fernanda Torres aproveitou o espaço para defender não apenas os considerados “nepo babies“, mas também que causas consideradas mais pertinentes recebam a mesma atenção dos críticos e da mídia.
“Não matem os ‘nepo babies’. Hoje em dia estamos cheios de lutas erradas. Estamos cheios de brigas barulhentas que não nos levam a nada. A luta contra a desigualdade, a luta pela tributação das grandes fortunas, a luta pela regulação do mundo digital, essas são as boas lutas. Vamos pessoal, acordem”; alertou assim a atriz brasileira.
Sobre Fernanda Torres e sua mãe
Fernanda Montenegro, ícone do teatro, cinema e TV brasileira, é reconhecida mundialmente por obras como “Central do Brasil” e “Eles Não Usam Black-Tie”, além de ser indicada assim ao Oscar e vencedora do Emmy Internacional. Atualmente, a icônica artista possui 95 anos e ainda faz aparições em obras como o recente “Ainda Estou Aqui”.
Sua filha, Fernanda Torres, segue trilhando uma carreira igualmente marcante, premiada então com o Globo de Ouro em 2025 por sua atuação como protagonista em “Ainda Estou Aqui” e conhecida por filmes como “Eu Sei Que Vou Te Amar”. Juntas, representam duas gerações de excelência artística, consolidando assim seus nomes como referências na cultura brasileira e também internacional.
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