O universo de Game Of Thrones está de volta com os lançamentos semanais da 2ª temporada de A Casa do Dragão. O início já mostra que a trama finalmente entrou no clima que os telespectadores estão acostumados. Isso significa que podemos esperar muito uma nova leva de episódios sangrentos, com muita intensidade, cheia de traições e conflitos por poder. Os tempos e personagens são outros, mas a série derivada segue a mesma premissa de sua antecessora: o domínio do trono e o poder que ele proporciona a família que o possui.
As altas expectativas se dão pelos acontecimentos finais da primeira temporada. A morte do Rei Luke (Elliot Grihault) causa uma grande instabilidade e estremece as seguranças da rainha Rhaenyra (Emma D’Arcy) Nos novos episódios ela lida com esse luto da forma mais esperada: busca constante por vingança transformando a sua dor em movimentações que ameaçam diretamente o assassino de seu filho, o rei Aemond (Ewan Mitchell). Esse clima de tensão faz com que o primeiro episódio da série seja intenso, com um suspense cativante e tudo isso se deve a veracidade que os personagens passam diante dessa atmosfera de conflito.
O roteiro acerta em cheio ao inserir a figura de Daemon (Matt Smith) como o responsável por concretizar essa vingança. Além de analisar o território com aliados na surdina, ele se empenha em colocar a vontade de Rhaenyra em prática. E com essa ação o primeiro episódio já entrega um dos melhores acontecimentos que permeará para os próximos de uma forma chocante. Helaena (Phia Saban) sofre diretamente com a dor desse momento e tal atitude entrega o efeito principal que a série tratará nesse novo ano. É necessário que a trama tenha uma atenção delicada para que esses passos não se percam durante os próximos episódios, a garantia é que cada vez mais mortes aconteçam em vista dessa batalha por vingar o trono.
Outro ponto interessante a ser considerado no segundo ano de A Casa do Dragão, é a notável imaturidade do rei Aegon (Tom Glynn-Carney), que ainda não consegue driblar as responsabilidades com sábias decisões no conselho, ou nas próprias petições entre si. Por mais que ele tenha os conselhos de Otto Hightower (Rhys Ifans) para o guiar, é nítido que o jovem rei não consegue seguir com suas vontades e isso pode atrair problemas na liderança ao tomar decisões sem a perspectiva do reino como um todo. Há um grande perigo que foi sutilmente revelado mostrando que alguns conselheiros de má índole podem se aproximar e influenciar negativamente no novo reinado.
Toda essa perspectiva já antecipa batalhas específicas e algumas movimentações do primeiro episódio já sugere esse preparo. Essa dinâmica deixa uma curiosidade interessante, a ponto de interessar totalmente os acontecimentos dos próprios episódios. Por exemplo, Jace (Harry Collett) sai em busca de novos soldados e garante novas alianças para estabelecer uma certa proteção. Otto também alinha os próximos passos com novos colaboradores e garantindo suplementos para os dragões com um décimo do rendimento do povo.
As instabilidades que surgem também mostram algumas fragilidades, como da rainha Alicent (Olivia Cooke) que se sente impotente nas decisões. Sua conduta é desprezada por sentir as dores da perda de Rhaenyra, no entanto, ela prevê sua vingança antes que de fato aconteça. A perspectiva que a série dá é de que a nova temporada trará bons conflitos diante das decisões que permeiam o reino todo e essa batalha que por enquanto é fria, mas com a escandalosa morte do final do episódio vai se tornar sangrenta e conturbada.
Os próximos episódios de A Casa do Dragão serão lançados semanalmente na HBO e na Max. Por enquanto, o clima da introdução mostra que a região de Westeros sofrerá uma imensa guerra que abalará estruturas de confiança, a economia do reino e promete trazer um total desequilíbrio para a guerra civil entre os Verdes e os Pretos. Alicent e Rhaenyra, respectivamente, serão as principais cabeças das negociações e isso promete uma nova temporada promissora e sangrenta.
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