The Elder Scrolls é uma das franquias de RPG ocidentais de mais sucesso que temos no mercado, tendo seu último jogo, Skyrim, sendo lançado em 2011 e relançado diversas vezes. O sexto jogo da franquia já foi anunciado a simplesmente 6 anos e até agora não tivemos nenhuma previsão de lançamento.
Mas a Bethesda, junto com a Virtuos, nos deu um novo respiro com remasterização de um dos jogos mais queridos da franquia: Oblivion. E essa é a primeira vez que entro em contato com o jogo, até então só tinha jogado o Skyrim e nunca tive curiosidade com os outros jogos da franquia. Com esta nova roupagem, decidi dar uma oportunidade ao jogo…

19 anos depois
The Elder Scrolls IV: Oblivion é um RPG de ação lançado em 2006, desenvolvido pela Bethesda Game Studios e copublicado pela Bethesda Softworks e 2K Games. Trata-se do quarto título da série The Elder Scrolls, sucedendo The Elder Scrolls III: Morrowind (2002). O jogo foi lançado inicialmente para Microsoft Windows e Xbox 360 em 2006, e posteriormente para PlayStation 3 em 2007.
Ambientado na província fictícia de Cyrodiil, a trama principal acompanha o personagem que criamos em seus esforços para impedir o culto fanático conhecido como Mythic Dawn, cujo objetivo é abrir portais para o reino demoníaco denominado Oblivion.
Mantendo a tradição de mundo aberto da série, Oblivion permite que o jogador explore livremente o ambiente, podendo adiar ou ignorar a missão principal conforme desejar. A progressão do personagem é baseada no aprimoramento de habilidades numéricas, das quais o jogador escolhe sete como principais no início da jornada, enquanto as demais são consideradas habilidades secundárias.

Qual a trama do jogo?
Muitos dizem que este jogo possui uma das melhores histórias da franquia, e de fato, ele é bem interessante. Oblivion se passa durante a Terceira Era, seis anos após Morrowind, na província de Cyrodiil. A história começa com o personagem que criamos preso, sendo libertado pelo Imperador Uriel Septim VII, que foge de assassinos. Antes de ser morto, o imperador entrega ao jogador o Amuleto dos Reis e a missão de levá-lo a Jauffre, líder dos Blades.
Sem um herdeiro no trono, portões para o reino demoníaco de Oblivion se abrem, liberando criaturas chamadas Daedra. Para restaurar a ordem, o jogador precisa encontrar Martin, filho ilegítimo do imperador. Após fechar um dos portões e salvar a cidade de Kvatch, nós convencemos Martin a se juntar à causa. Porém, o Amuleto dos Reis é roubado, então começamos nossa jornada em busca dele para enfim fechar os portões.

Jogabilidade antiquada, mas atualizada
Como dito mais acima, Oblivion é um jogo de RPG mundo aberto, com uma liberdade bem grande na hora de seguir as missões. Sua câmera é em primeira pessoa, porém, essa versão remasterizada nos permite jogar também em terceira pessoa, que foi o modo que optei por jogar.
De início, podemos escolher entre 10 raças, tanto humanoides quando antropomórficas, e cada uma delas possuem suas características próprias, que incluem suas habilidades e a própria aparência delas. Após escolher a raça e personalizar o personagem, podemos selecionar a classe deles.
Cada classe possui suas habilidades próprias, que são em torno de 21 habilidades, que estão disponíveis nas categorias de combate, magia e furtividade. Conforme avançamos no jogo, podemos melhorar as habilidades de forma individual, como um bom RPG.

Um combate divertido
O combate do jogo é igualmente antiquado, mas isso deixa ele mais divertido que outros RPGs mais atuais. A build que eu construí tem como principal foco o combate corpo a corpo, e independente do inimigo, o combate é sempre próximo e rápido. Mas existem diversos outros tipos de builds que mudam totalmente a gameplay, por exemplo builds com foco no combate a distância.
Em relação ao combate, o jogo é até que bem acessível, pois ele possui vários níveis de dificuldade, possibilitando quase que qualquer pessoa a o jogar. Além disso, como disse, agora temos a possibilidade de jogar em primeira pessoa, e existem outros dois modos em terceira pessoa. As animações são bem fracas, mas atendem ao objetivo.

Empacamentos constantes
Uma coisa que me irritou um pouco em relação ao Oblivion foi a sua estrutura “antiga”. Assim como o combate e a jogabilidade são antiquadas, o mesmo pode ser dito das missões e exploração do jogo. Por diversas vezes, me peguei travado em momentos simplesmente por não saber o que fazer.
O jogo até indica aonde ir, mas por vezes ele nos falar que temos que fazer tal coisa, quando na verdade, precisamos fazer outras coisas. As vezes vamos a um local e o objetivo está muito escondido no cenário que quase não dá para ver. As vezes ele diz que temos que fazer tal coisa, mas não explica como que faz. Isso irrita bastante, mas é até satisfatório quando conseguimos.

Um remaster de luxo
Se estruturalmente o jogo não muda muito, o mesmo não pode ser dito da parte visual. A melhoria gráfica é absurda e completa, com modelos consideravelmente melhores, texturas e cenários mais detalhados, iluminação mais complexa, entre outras coisas.
Visualmente o jogo é muito bonito para os padrões atuais, porém, bem pesado por se tratar da Unreal Engine 5. E triste pois todo esse requinte visual não é transmitido para a jogabilidade. Mas apesar das melhorias visuais (que inclui a localização em português do Brasil), as animações continuam simples.

Vale a pena, afinal?
Para uma primeira vez jogando este jogo, que é o meu caso, esta versão remasterizada de Oblivion é a melhor maneira de se começar. Existem sim diversos pontos da jogabilidade que estão ultrapassados, mas pode ter certeza de que se fosse jogar no jogo original, a situação se encontraria muito pior.
É um jogo longo, mas não a ponto de tornar a experiência cansativa. A história realmente é muito boa e a melhoria visual é simplesmente absurda. Não poderia recomendar mais este jogo.
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