Os 10 melhores filmes de 2025 (até agora)
Colagem: Conecta Geek

Os 10 melhores filmes de 2025 (até agora)

2025 está sendo um ano excelente e diverso para o cinema, com grandes lançamentos que equilibram blockbusters, filmes autorais e produções menores, que desafiam expectativas. Desde franquias consagradas até histórias originais que conquistaram crítica e público, a primeira metade do ano já entregou obras memoráveis.

Para esta lista, o crítico que vos escreve seguiu duas regras básicas: 1) Os filmes precisam ter sido lançados oficialmente em 2025 no circuito comercial do Brasil e 2) Todos foram analisados em críticas publicadas no site. Vamos aos destaques!

Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa

Crítica | Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa: uma ode à simplicidade e ao coletivo
Paris Filmes/Divulgação

Dir. Fernando Fraiha

Em um mundo onde as crianças vivem conectadas às telas, Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa resgata a simplicidade da vida no campo. A trama, que gira em torno da luta de Chico e seus amigos para salvar uma goiabeira ameaçada pelo “progresso”, é uma alegoria delicada sobre memória, afeto e resistência.

Com uma direção que abraça a fantasia e um elenco cativante, o filme equilibra humor e emoção, lembrando o público do valor das pequenas coisas. A fotografia e a trilha sonora completam a experiência, tornando-o uma das surpresas mais encantadoras do ano.

Leia a crítica completa.

Dreams

Trilogia do Desassossego: Dag Johan Haugerud vai te fazer questionar tudo sobre desejo
Motlys/Divulgação

Dir. Dag Johan Haugerud

O ápice da trilogia de Dag Johan Haugerud sobre relacionamentos humanos, Dreams mergulha na mente de Johanne, uma adolescente que transforma sua paixão por uma professora em literatura. O filme questiona se as histórias que contamos a nós mesmos são apenas formas de autoengano, explorando a linguagem como uma barreira entre as pessoas.

Com uma narrativa lírica e filosófica, Trier recusa respostas, amplificando conflitos em vez de resolvê-los. O resultado é uma meditação profunda sobre isolamento na era da hipercomunicação, reforçando o diretor como um dos grandes nomes do cinema contemporâneo.

Leia o artigo sobre a trilogia de Dag Johan Haugerud.

Eros

Crítica | Eros faz do motel palco do desejo (e do cinema)
Desvia Filmes/Divulgação

Dir. Rachel Daisy Ellis

Documentário audacioso, Eros transforma quartos de motel em palcos para um retrato íntimo do desejo brasileiro. Com casais, trios e até um solitário filmando a si mesmo, o filme revela histórias de sexo, solidão, fé e humor, tudo através de uma câmera que é tanto cúmplice quanto voyeur.

A diretora evita clichês do voyeurismo, mostrando corpos reais e narrativas autênticas. O resultado é um mosaico emocional que vai além do tabu, celebrando a pluralidade do desejo e a busca por conexão em um país de contrastes.

Leia a crítica completa.

Flow

Crítica | Flow: a poesia do silêncio em um mundo inundado
Mares Fimes/Divulgação

Dir. Gints Zilbalodis

Nesta animação poética, a Terra está submersa, e os animais sobreviventes embarcam em uma jornada de resistência. Sem diálogos, Flow conta sua história através de imagens hipnóticas e uma trilha sonora minimalista, criando uma experiência quase transcendental.

A animação, feita com software livre, lembra aquarelas em movimento, enquanto a narrativa reflete sobre comunidade e resiliência. É um filme que exige paciência, mas recompensa com uma beleza visual e emocional raras.

Leia a crítica completa.

Kasa Branca

Crítica | os afetos e os perrengues da vida cotidiana se encontram na Kasa Branca
Vitrine Filmes/Divulgação

Dir. Luciano Vidigal

Dé (Big Jaum), um adolescente da periferia carioca, cuida da avó com Alzheimer (Teca Pereira) enquanto lida com a ausência do pai (Babu Santana). Kasa Branca evita melodrama, tratando a vida dura com naturalidade e afeto, em uma abordagem que lembra o cinema de Jim Jarmusch, mas de uma forma que só um carioca como Luciano Vidigal poderia traduzir em audiovisual.

Com fotografia contemplativa e um elenco sensível, o filme é um retrato poderoso da resistência cotidiana. A amizade entre Dé e seus colegas traz leveza, mostrando que a verdadeira força está nos laços que construímos.

Leia a crítica completa.

Meu Bolo Favorito

Crítica | 'Meu Bolo Favorito' foi um sonho de inverno, porque eu tinha medo do frio
Imovision/Divulgação

Dir. Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha

No Irã, Mahin (Lily Farhadpour), uma viúva de 70 anos, redescobre o amor ao conhecer Faramarz (Esmail Mehrabi). O filme trata do desejo e da liberdade em uma sociedade opressora, usando pequenos gestos – como dançar ou tomar vinho – como atos de resistência.

Com uma narrativa delicada e performances tocantes, Meu Bolo Favorito desafia estereótipos sobre velhice e felicidade. É um filme sobre nunca desistir de viver, mesmo quando o mundo tenta ditar seus limites.

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Oeste Outra Vez

Crítica | Oeste Outra Vez: O melhor filme do ano é um faroeste com bêbados que sequer sabem atirar
O2 Play Filmes/Divulgação

Dir. Érico Rassi

Vencedor do Festival de Gramado, Oeste Outra Vez é um faroeste brasileiro que subverte o gênero ao retratar homens perdidos no sertão de Goiás, incapazes de lidar com a solidão e a violência que eles mesmos perpetuam. Com humor pontual (mas fundamental) e fotografia deslumbrante, o filme é um estudo sobre masculinidade tóxica.

Ângelo Antônio e Babu Santana brilham como figuras patéticas e trágicas. A cena inicial, onde a única mulher do filme some no horizonte, sintetiza sua crítica e o estudo que estamos prestes a assistir: enquanto eles brigam como cães, ela segue em frente.

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Pecadores

Crítica | Pecadores: Blues, vampiros e a memória negra que sangra alma
Warner Bros./Divulgação

Dir. Ryan Coogler

No Mississippi dos anos 1930, dois irmãos gêmeos (ambos interpretados por Michael B. Jordan) abrem um bar clandestino, mas sua paz é ameaçada por vampiros que simbolizam o legado da escravidão. Misturando horror, blues e resistência, Pecadores é um filme sobre ancestralidade e luta.

Com fotografia impressionante em 65mm e atuações poderosas (especialmente Miles Caton como um jovem violonista), o filme é um ritual cinematográfico. A trilha sonora de Ludwig Göransson eleva a experiência, tornando-o uma obra que ecoa muito após o crédito final.

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Trilha Sonora Para Um Golpe De Estado

Crítica | Trilha Sonora para um Golpe de Estado: a luta anti-colonial em acordes
Pandora Filmes/Divulgação

Dir. Johan Grimonprez

Documentário experimental que usa o jazz como metáfora para a descolonização do Congo e o assassinato de Patrice Lumumba. Com montagem frenética e sem narração, o filme conecta música, política e história em uma crítica contundente ao imperialismo.

Apesar da duração desafiadora, é uma experiência única, onde imagens de arquivo e performances se fundem em uma narrativa poderosa. Para quem busca cinema-ensaio com densidade política, é indispensável.

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Volveréis

Crítica | Volveréis explora a beleza inesperada dos finais
Los ilusos films/Divulgação

Dir. Jonás Trueba

Ale (Itsaso Arana) e Alex (Vito Sanz) decidem celebrar o fim de seu relacionamento com uma festa, desafiando a ideia de que términos devem ser trágicos. Com humor inteligente e cenas repetidas em variações sutis, o filme questiona como performamos nossas emoções.

Trueba brinca com a metalinguagem (Ale é cineasta), criando um filme sobre recomeços. O final aberto reforça sua mensagem: às vezes, despedidas são apenas novos começos disfarçados.

Leia a crítica completa.

E o resto do ano?

Com “Superman”“Amores Materialistas” e produções brasileiras como “O Último Azul” e “O Agente Secreto” a caminho, 2025 promete ainda mais. Por enquanto, esses 10 filmes já garantem que será um ano inesquecível para o cinema. Qual seu favorito até agora?

As informações e opiniões formadas neste artigo são de responsabilidade única do autor. Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Conecta Geek.

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Resultado de uma experiência alquímica que envolvia gibis, discos e um projetor valvulado. Editor-chefe, crítico, roteirista, nortista e traficante cultural.