Na manhã da última quinta-feira (23), o ator Selton Mello, que viveu Rubens Paiva em Ainda Estou Aqui, celebrou as indicações do filme ao Oscar 2025. O ator falou um pouco sobre essa conquista em entrevista ao G1:
O melhor filme [categoria], gente, é histórico. Essa indicação de melhor filme nunca teve em 97 edições. Isso é uma coisa extraordinária, isso mostra a nossa potência criativa, nossa capacidade de se expressar de uma forma tão poderosa.
Ele declara ainda que a indicação serve como uma reparação para a família Paiva, a inspiração para a história. Ainda, Selton expressou sua alegria pela indicação da colega Fernanda Torres, que também foi indicada na categoria de Melhor Atriz, mas conta que por essa já esperava.
Primeira produção 100% brasileira indicada a Melhor Filme
Essa é a primeira vez que um filme 100% brasileiro está na premiação na categoria de Melhor Filme. No entanto, existe uma confusão com a indicação de “O Beijo da Mulher Aranha” (1985) no Oscar de 1986. Isso porque, o filme dirigido pelo argentino, naturalizado brasileiro, Hector Babenco, teve a participação de atores de várias nacionalidades, incluindo brasileiros, como a Sônia Braga, e contou com gravações em São Paulo entre 1984 e 1985. No entanto, o filme trata-se de uma coprodução americana e é falado em inglês.

Ainda Estou Aqui
O filme de Walter Salles está na principal e mais aguardada categoria da premiação de Hollywood. Uma produção original da Globoplay, Ainda Estou Aqui foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, e irá disputar o lugar com produções gigantes como Duna: Parte 2, Wicked e A Substância.

De fato, Fernanda Torres vem ganhando espaço na mídia internacional por seu papel desde o lançamento do filme em novembro de 2024. Com a conquista do Globo de Ouro por Melhor Atriz de Drama, a indicação para o Oscar vinha sendo aguardada com altas expectativas pelo público brasileiro.
A atriz comentou bastante nos últimos tempos sobre o quanto esse filme significa para ela, não só pelas indicações que vem recebendo, mas também por ser um trabalho que traz memórias muito próximas de casa, uma vez que sua mãe, Fernanda Montenegro, tinha sido até então a única brasileira indicada na categoria principal de atuação, por seu trabalho em “Central do Brasil” (1998), também dirigido por Salles, que esteve na disputa do Oscar de 1999 na categoria de Melhor Filme Internacional.
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