Review | Final Fantasy VII Rebirth é uma aula de como se fazer uma sequência

Me lembro da primeira vez que vi o gameplay de Final Fantasy VII Remake, lembro que fiquei extremamente empolgado pois nunca fui fã de jogos por turno, aí quando vi que o jogo seria focado em Action, resolvi dar uma chance, e foi uma das minhas melhores experiências que eu tive em todos esses anos, em todos os sentidos.

Agora em Final Fantasy VII Rebirth, temos a continuação desta magnífica história. O segundo jogo desta nova trilogia, trás tudo que esperávamos e muito mais de uma sequência.

Antes de começarmos a review, deixo claro que nunca joguei o jogo original lá do PlayStation 1, por isso dificilmente a review terá comparações ao original, pois é algo que não domino.

Sem mais delongas, vamos ao review.

Obs: Essa análise foi realizada graças ao envio de uma cópia pela nossa parceira Nuuvem na versão do PlayStation 5.

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O início do fim

Final Fantasy VII Rebirth inicia exatamente no final do Remake. No início controlamos o Zack por um curto período de tempo. Após os eventos, Cloud Strife começa a contar uma história que ocorreu há 5 anos atrás, quando ele ainda era um Soldier junto ao Sephiroth. Nesta história começamos o gameplay, e durante esta introdução, podemos ver um pouco da motivação do Sephiroth ter se tornado quem ele é hoje. Inclusive neste trecho, Jogamos com o próprio Sephiroth neste início, e podemos ver o quão poderoso realmente ele é.

A trama é extremamente detalhada em cada detalhe, cada personagem tem sua história bem detalhada em seus mínimos detalhes, sendo em quests principais, ou até em sides que não tem a ver com o personagem. Por exemplo, em uma side que fazemos para o Chadler, o Barret comenta sobre a sua família com o Cloud e o seu grupo, mostrando o quão apegado a sua filha ele é. Isso trás um tom de humanização extremamente agradável a trama.

Para aqueles que estão iniciando a jornada com Rebirth, ou que lembra pouco dos eventos que antecedem ao Remake, temos a opção de rever um resumo detalhado de todos os acontecimentos anteriores, facilitando assim a compreensão da história de Rebirth.

Antes de iniciarmos a jornada, podemos escolher entre 3 dificuldades, entre elas:

  • Fácil
  • Normal
  • Dinâmica

O modo difícil é liberado somente ao finalizar a campanha ao menos uma vez. E temos a opção de escolher o estilo de combate, entre eles Ativo ou Clássico.

O jogo contém ao todo 14 capítulos, sendo 4 a menos que o Remake, porém os capítulos estão bem mais trabalhados, como por exemplo o mundo semi open world que foi aplicado em algumas regiões.

Olhando para o mapa, temos a sensação que a franquia abraçou o open world, mas não se engane, o jogo contém muito mais trechos lineares do que os semi abertos.

As regiões que podemos explorar ao todo são:

  • Pradaria
  • Junon
  • Corel
  • Gongaga
  • Cânion do Cosmo 
  • Nibelheim
  • Oceano Meridiano
  • Bosque do Norte (Somente para prosseguir com a história)

Para se locomover pelo mapa, temos os clássicos Chocobo, criatura muito famosa que está presente em quase todos os jogos da franquia. Em algumas regiões eles possuem habilidades diferentes, como por exemplo escalar ou planar. Em determinado momento, desbloqueamos o Buggy, um veículo cedido para se locomover em uma determinada parte em Corel. Outro transporte disponível infelizmente não posso detalhar aqui, pois seria um grande spoiler da história.

Caso você foque apenas nas missões principais, que é algo que não recomendo, você pode zerar o jogo em 50 horas, pois alguns inimigos precisam pegar todos os esquemas para conseguir vencê-los, dificilmente será possível vencer no primeiro confronto.

Uma sequência recheada de conteúdo

Com relação aos personagens, nós controlamos o time clássico que tínhamos no remake, que seriam

  • Cloud
  • Tifa
  • Aerith
  • Barret

Já os novos personagens, o grupo ganhou alguns novos membros, sendo eles:

  • Red XII
  • Yuffie
  • Cait Sith

Um ponto que me agradou em Rebirth é que temos trechos que não controlamos o Cloud. Antes só podíamos controlar os outros do grupo somente no combate, agora tem alguns capítulos que controlamos os outros personagens, fazendo com que assim a gameplay se torne diferente e não fique repetitiva. Outro exemplo que temos que fiquei bastante impressionado é uma parte onde estamos em fuga com um veículo, controlamos o Barret atirando em tropas da Shinra, lembrando muito Jogos estilo House of The Dead.

A gameplay está mais estratégica que o seu antecessor, temos que estudar com cautela o que cada inimigo faz para escolhermos os melhores para o grupo no momento. Lembrando que para combate podemos escolher somente 2 além do Cloud para as lutas. Para facilitar nossa escolha de grupo, podemos personalizar e salvar até 3 grupos diferentes para mudar rapidamente antes da batalha começar.

Com relação a progressão dos personagens, ela se mantém bem semelhante do seu antecessor, onde mesmo o personagem não estando na linha de frente, ele recebe também XP. Uma nova progressão que foi incluída foi o nível de equipe, onde upamos eles para desbloquear novos ataques de sinergia com duplas variadas.

Os equipamentos seguem a mesma fórmula do anterior, podendo equipar arma, armadura e acessório, cada uma delas tendo atributos diferentes, umas focando em dano físico, outras em dano mágico, ou em defesa. As matérias são equipadas em cada um dos três no mesmo esquema do anterior.

Uma das novidades que o game traz para os jogadores é o Transmutador de itens, que tem como objetivo você poder criar diversos itens, como poções, elixir, armaduras, entre outros itens. Para construir cada objeto, precisamos ter a quantidade exata de itens para realizar a transmutação. Os mesmos se encontram por todos os cantos das regiões, incentivando a exploração por recursos. 

As missões secundárias estão divididas por todo o mapa em todas as regiões, as missões mais comuns que encontramos são os Informes Globais, que são oferecidas pelo Chadley. Os tipos de Informes Globais são:

  • Ativação 
  • Moogle
  • Divindade
  • Expedição
  • Escavação
  • Espécie
  • Fenômeno

Conforme ia avançando no mapa, acaba fazendo as de Ativação para analisar o que tinha em volta para fazer, principalmente as de Divindade, que são referentes aos Summons que temos durante o jogo todo.

Outro tipo de secundária que temos no mapa são as tarefas, que estão destacadas com um ícone verde. São missões variadas que fazemos em todas as regiões. Elas podem ser encontradas durante a exploração, e outras no chamado Quadro de Avisos Comunitários, onde temos contratos que são oferecidos para fazer uma determinada ação.

Minigames dignos de um Party Game

Umas das coisas que gostaria muito de exaltar neste jogo, é como os mini-games que temos espalhados por todas as regiões são bem divertidos e viciantes, inclusive se fosse lançado um jogo a parte focado só neles, seria uma excelente ideia.

Temos uma grande variedade de minigames espalhados, como por exemplo um futebol onde jogamos com o Red XII, controlar uma nave como se fosse um Shmup, e um dos mais divertidos que é a corrida de chocobos, que somente ele seria um jogo isolado tranquilamente. 

Outra interação que é bastante divertida é com o piano, onde podemos tocar livremente a música que quisermos, igual vimos em The Last of Us Parte II, fora as músicas do universo que desbloqueamos e jogamos estilo Guitar Hero.

Agora, o que mais chamou atenção de todos eles, na minha opinião foi o Queen’s Blood, que é um jogo de cartas criado para o universo de Final Fantasy VII , se inspirando em jogos como Gwent. Durante a jornada, em cada região do mapa encontrava alguns jogadores para desafiar, todos que apareciam na frente eu acabava jogando contra, pois quando você pega a prática, se deixar o tempo todo você gasta somente neste jogo.

A partida é rápida e direta, deixando assim bem fluido e gostoso de jogar, fora que o jogo é bem tranquilo de se aprender, e podemos coletar cartas novas para melhorar o deck para conseguir enfrentar adversários mais elevados.

Conclusão

Final Fantasy VII Rebirth é uma aula para a indústria de como se deve fazer uma sequência sem precisar repartir muitos cenários, inimigos, ou até habilidades. Eu como iniciante na franquia Final Fantasy, posso dizer que o objetivo de conquistar novos fãs, pelo menos comigo, funcionou perfeitamente e mal vejo a hora de tocar as mãos no próximo Jogo para saber o que mais me aguarda.

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