Review | My Time at Sandrock entrega uma belíssima fazenda no deserto

Já pensou em construir sua própria fazenda em um deserto? Pois é, a hora chegou em My Time at Sandrock. Em um universo inspirado por Harvest Moon, além de trazer o que já era muito bom em seu antecessor, My Time at Portia, Sandrock leva os jogadores a árida cidade de mesmo nome, onde vamos encarar o desafio de ser um fazendeiro bem sucedido. Superando todas as adversidades, além de enfrentar as lendas desse “oeste” desértico.

Obs: Está análise foi realizada na versão PS5 com código fornecido pela Pathea Games e Focus Entertainment.

O belo paraíso desértico. (Imagem: Divulgação)

A bela e desértica Sandrock

Como citado anteriormente, Sandrock é uma cidade desértica, 300 anos no futuro, onde o mundo perdeu a maior parte da tecnologia. Os humanos precisam se virar de sua maneira, para obter recursos e reconstruir o que um dia chamaram de lar. Assumimos o papel de um(a) jovem, a depender da nossa escolha na criação, que sai em busca de conquistar seus sonhos, assumindo a oficina do seu pai. Mas não, ele não precisou falecer para nosso personagem tomar essa decisão.

O fato da cidade ser localizada no deserto, deixa tudo mais complicado para obter recursos necessários para iniciar seu próprio espaço. Nada impossível, com paciência e persistência, já que no começo, o jogador tende a depender muito mais de realizar favores/missões aos habitantes da cidade. Toda missão que você concluí gera recompensas, que podemos usar para gradativamente melhorar nossas ferramentas de trabalho.

Iremos conhecer diversos habitantes, que vão nos levar a diferentes aventuras pela cidade e aos arredores do local. Paralelo a isso, aumentamos nossa oficina e fazenda, ajudando Sandrock em seu crescimento. O jogo sempre exaltando o trabalho em comunidade e a importância dele, para o desenvolvimento do local. Algo que quase não vemos em outros jogos, de forma tão bem implementada como em My Time at Sandrock.

E para aqueles jogadores que estão familiarizados com mecânicas de relacionamento já vistas em diversos jogos, como principalmente em RPG’s. Aqui, podemos fazer amizades, construir uma relação e casar com habitantes. Além disso, My Time at Sandrock possuí uma lista gigantesca de itens para criação, com cerca de 90 páginas no livro de receitas. Os itens vão dos mais básicos aos mais complexos, com diferentes níveis no mesmo equipamento.

Ferramentas de trabalho são necessárias. (Imagem: Divulgação)

Explore e explore muito

Recursos em My Time at Sandrock, assim como qualquer outro jogo do gênero sandbox, são bem limitados e requer muita exploração. Água é um bem muito valioso, já itens como madeira e pedra são muito fáceis de encontrar. Mas se você acha que é só exploração sem desafios, está enganado. No jogo encontramos inimigos, que vão desde animais a pessoas que vão tentar invadir a cidade para roubar recursos, forçando assim nos defender da melhor maneira possível. E claro, há também a própria natureza contra você, com tempestades de areia e muito mais.

Para jogadores familiarizados com títulos como Minecraft, não vão ter tantas dificuldades para se acostumar com o jogo. O mesmo não pode ser dito de jogadores mais inexperientes, já que mesmo com vários tutorias explicativos, é tudo bem complexo para um primeiro contato com o jogo. Vale destacar que My Time at Sandrock está localizado com legendas em português, o que facilita bastante o entendimento e experiência com o título.

Sandrock e seus habitantes. (Imagem: Divulgação)

Belos gráficos, mesmo cartoonizados

My Time at Sandrock conta com gráficos cartunescos, mas belíssimos por sinal, com uma grande riqueza nas cores e detalhes. O visual atende a proposta do jogo, em um grande universo que facilmente vai render aos jogadores mais dedicados cerca de 100 horas. A ambientação do jogo também é algo muito bem construído e detalhado, com um grande nível de interação. O clima conta com breves mudanças climáticas e diferentes áreas. Os NPC’s do jogo também apresentam muita vida, sempre cumprindo seu dia a dia conforme os dias passam. Não podemos esquecer de dormir no jogo, para não perder energia demais e ficar “cansado” para trabalhar.

Como citei inicialmente na review, a versão jogada foi a de PS5. Em alguns breves momentos o jogo apresentou algumas quedas de FPS, nada que atrapalhe a experiência e que pode ou não terem sidos corrigidos com futuros patchs, dependendo de quando você estiver lendo aqui. Outra coisa que não presenciei em nenhum momento foram bugs. Considerando o universo aqui e a vasta possibilidade de atividades, é algo surpreendente a atenção que os desenvolvedores tiveram para que o jogo rode praticamente liso.

Várias atividades para se fazer no deserto de Sandrock. (Imagem: Divulgação)

My Time at Sandrock vale muito a pena

Se você é um fã de jogos como Minecraft, Harvest Moon e outros na mesma pegada, é com certeza um título que vale muito a pena. My Time at Sandrock vai te consumir por pelo menos 100 horas, com muito conteúdo, além de constantes eventos. O título ainda deve receber muitas atualizações e novidades, aumentando ainda mais sua vida. Ainda é possível reunir mais 3 amigos, para navegar nessa divertida aventura e explorar em grupo.

E claro, para os jogadores que jogaram o antecessor, My Time at Portia, Sandrock é um título que se faz obrigatório jogar. Evoluindo tudo aquilo já visto no jogo anterior e ainda trazendo novidades consideráveis ao novo jogo. Uma vasta quantidade de missões principais e secundárias, além de atividades e descobertas a fazer, com um gameplay extremamente agradável para os mais familiarizados com o gênero.

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas