Lançado originalmente em 2020 para PlayStation 4, Xbox One e PC, Predator: Hunting Grounds leva os jogadores a cenários clássicos do filme Predador. Podendo assumir o controle dos soldados da Fireteam ou do próprio Predador, o jogo segue o formato assimétrico, popularizado pelo sucesso de “Dead by Daylight“.
Agora em 2024, a IllFonic decidiu resgatar Predator: Hunting Grounds com um simples port para a geração atual de consoles, PlayStation 5 e Xbox Series. No entanto, esse port infelizmente trouxe consigo os mesmos problemas vistos na versão original.
Obs: Análise realizada no PlayStation 5 com código cedido pela IllFonic.
Modos de jogo
Predator: Hunting Grounds oferece apenas dois modos de jogo, o que parece pouco. Embora cada modo tenha suas particularidades, ambos acabam sendo mais do mesmo em comparação a outros jogos assimétricos disponíveis no mercado.
O primeiro modo é o Caçada, em que um jogador controla o Predador e os outros quatro formam a equipe de soldados da Fireteam. Enquanto os soldados têm visão em primeira pessoa, o Predador é controlado em terceira pessoa.
Os movimentos do Predador são rápidos e brutais, praticamente não dando chance aos soldados, o que se torna um ponto negativo, devido à falta de balanceamento entre jogar como Predador e como um soldado.
Os soldados, além de serem alvos do Predador, enfrentam guerrilheiros controlados por IA. E, se você espera que os guerrilheiros ajudem a combater a ameaça alienígena, prepare-se para a decepção: eles focam exclusivamente em matar os soldados.
A Fireteam precisa cumprir uma série de missões, que acabam se tornando repetitivas com o tempo, geralmente envolvendo encontrar, proteger ou destruir algo. Existem seis mapas diferentes, com variações diurnas e noturnas.
Após concluir as missões, os soldados podem optar por se deslocar até o ponto de extração ou arriscar tentar matar o Predador para recolher seu corpo. No entanto, devido ao desbalanceamento, derrotar o Predador é uma tarefa quase impossível, embora valha pela diversão.
Do lado do Predador, a missão é direta: matar todos os soldados de forma brutal, usando árvores, terrenos elevados e as habilidades icônicas dos filmes.
No modo Conflito, a jogabilidade é mais tradicional. Até oito jogadores formam duas equipes de soldados que lutam para dominar zonas específicas no mapa. À medida que as equipes acumulam pontos, um jogador pode se tornar o Predador, podendo haver até dois Predadores (um de cada lado). Isso torna a caça mais interessante, embora menos impactante do que no modo Caçada.
Nostalgia para os fãs do filme original
Não se pode negar a fidelidade de Predator: Hunting Grounds aos filmes. A ambientação e os locais são uma bela representação do filme original com Arnold Schwarzenegger.
O jogo oferece uma variedade robusta de itens, equipamentos e cosméticos. Além disso, há microtransações para quem deseja investir em vantagens específicas.
Gráficos e desempenho
Graficamente, Predator: Hunting Grounds já deixava a desejar em seu lançamento original, e o port para a nova geração de consoles não trouxe melhorias significativas. Os visuais são ultrapassados, com texturas pouco detalhadas e uma iluminação pobre, que não aproveita o potencial do PlayStation 5 e Xbox Series.
Além disso, o jogo ainda carrega antigos problemas de otimização, e até introduz novos. Mesmo sendo um jogo relativamente leve, Predator: Hunting Grounds exigiu muito do PlayStation 5, chegando a superaquecer o console em alguns momentos. Embora essas falhas possam ser corrigidas com patches, é decepcionante ver que, após quatro anos, o jogo ainda não foi devidamente otimizado.
Vale a pena jogar Predator: Hunting Grounds?
Infelizmente, a resposta é não. Predator: Hunting Grounds tinha potencial para brilhar e oferecer uma experiência incrível para os fãs dos filmes, mas acaba decepcionando com seu fraco desempenho. Embora seja apenas um port e não uma remasterização, esperava-se que o jogo entregasse muito mais na nova geração de consoles.
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