O final da terceira e última temporada de Round 6 deixou marcas — e muitas perguntas. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o criador Hwang Dong-hyuk detalhou as escolhas por trás do arco conclusivo, incluindo a participação surpresa de Cate Blanchett como uma recrutadora dos jogos.
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Originalmente, o protagonista Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) teria um desfecho mais feliz, reencontrando a filha nos EUA. Porém, Hwang decidiu mudar o rumo: “Ao testemunhar o mundo piorar, quis que o sacrifício de Gi-hun simbolizasse o que nossa geração deve deixar para o futuro”, explicou.
A cena em que O Líder (Lee Byung-hun) cruza olhares com a personagem de Blanchett não foi pensada para spin-offs, mas para reforçar que “esses sistemas se repetem, mesmo quando um cai”.
Sobre a escolha da atriz australiana, o diretor destacou a necessidade de alguém com “presença para dominar a tela em um instante”. Quanto aos rumores de uma versão americana dirigida por David Fincher, Hwang afirmou não ter sido consultado oficialmente pela Netflix, mas confessou seu entusiasmo: “Sou fã de Fincher desde Se7en – assistiria imediatamente”.
O final em aberto, com Gi-hun questionando “Os humanos são…”, foi uma provocação ao público. “Não quis definir, mas convidar a refletir. Pelas ações, Gi-hun mostrou o que os humanos deveriam ser: dispostos a abrir mão de ganância e competição”, disse. Apesar da mensagem de esperança, o criador alerta: “O sistema é profundamente enraizado. Requer esforço contínuo para mudança”.
Embora a trama coreana esteja concluída, Hwang admitiu que exploraria histórias passadas — como a de O Líder — em um possível spin-off. O desfecho de Round 6, segundo ele, é um chamado à coragem: “abandonar o que seguramos com tanta força”.
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