Trina Robbins, a primeira mulher ilustradora da Mulher-Maravilha e co-criadora da Vampirella, também foi ícone feminista das HQs.
A historiadora, ilustradora, cartunista, roteirista e ativista Trina Robbins faleceu no dia 10 de abril de 2024, com 85 anos. Além de ser uma das primeiras artistas femininas a contribuir para as histórias da Mulher-Maravilha, Robbins também foi instrumental para o papel das mulheres no meio das HQs. Saiba mais sobre a lendária artista!
Início da carreira
Nascida em Brooklyn, Nova Iorque, Trina foi designer de roupa, modelo e já teve ume loja de roupas. Marcou muita presença na cena do rock dos anos 60, sendo amiga de Jim Morrison, da banda The Doors e de Joni Mitchell.
Em 1966 começou a se envolver no mundo dos quadrinhos, quando conseguiu vender sua primeira história, já em 1969, criou o design icônico de Vampirella.
Logo depois da “Crise nas Infinitas Terras“, a DC publicou a história “The Legend of Wonder Woman”, escrita por Kurt Busiek e ilustrada por Robbins, marcando seu primeiro envolvimento oficial com a personagem. Mais tarde, Robbins voltaria como roteirista da história “Wonder Woman: The Once and Future Story”, contando com Colleen Doran como ilustradora.
Ícone underground
Mas bem antes de seu envolvimento com a princesa amazona, Robbins teve participação fundamental na criação da primeira HQ feita inteiramente por mulheres, a “It Ain’t Me, Babe“, de 1970. A HQ, publicada pela editora Last Gasp, foi fruto da grande frustração que as criadoras Barbara Mendes, Nancy Kalish e própria Trina Robbins sentiam com as revistas, produzidas quase totalmente por homens, que insistiam em glorificar o machismo e a hipersexualização.
A HQ, em forma de antologia, buscava ao máximo dialogar com o público de leitoras que compartilhavam da frustração das criadoras e contestar as noções sexistas e problemáticas apresentadas pelas outras revistas da época. Além de Robbins, Mendes e Kalish, várias outras artistas puderam contribuir para as edições da revista, como Carole Kalish, Michele Kurtzman (filha do criador de “Mad“), Lisa Lyons e mais.
Outras contribuições
Após sucesso de vendas as artistas envolvidos eventualmente criaram a HQ “Wimmen’s Comix“, publicada de 1972 a 1992. Ambas HQs eram parte do movimento underground, ou seja, eram publicadas de forma independente, em uma escala bem menor que os mainstream (Marvel, DC) e sem obedecer as regras e normas da Comics Code Authority (associação estadunidense que impunha regras para qualquer HQ, de certa forma censurando o meio).
Robbins também publicou 7 livros sobre a história das mulheres no mundo dos cartuns e foi ganhadora de dois prêmios Eisner, em 2017 e 2021, além de estar incluída no Hall da Fama de Will Eisner desde 2013.
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