Em Acesso Antecipado desde outubro de 2023, Ripout finalmente foi lançado na versão 1.0 no último dia 28 de maio de 2024, prometendo várias novidades para esta que, de fato, seria a versão final do jogo. E, graças a um código fornecido gentilmente pela 3D Realms, tive a oportunidade de jogar sua versão para PC.
Antes de tudo, devo dizer que eu não tinha conhecimento sobre Ripout até receber esta oportunidade, o que me fez naturalmente buscar mais informações sobre o jogo e me interessar de fato — principalmente ao saber que o jogo já estava em Acesso Antecipado —, o que me permitiu ver uma prévia em gameplays espalhadas pela internet.
Ripout enfatiza sua mistura!
Logo de cara, ao iniciar o jogo, é difícil não o comparar com as mais novas versões de Doom. Até mesmo em seu estilo frenético, com uma jogabilidade rápida, fluida e monstros bizarros surgindo pelo caminho.
Porém, não demora muito para que percebermos uma ambientação, muito pela nave, corredores e momentos de susto, que com certeza vão te fazer lembrar de Dead Space. E, claro, elementos cooperativos aos moldes de Left 4 Dead. Na teoria, parece tudo confuso, mas na prática funciona muito bem.
A narrativa se inicia em 2084, onde a humanidade perdeu uma guerra contra alienígenas e tudo está à beira do fim completo. Despertamos do que parece ser um longo sono, em uma nave abandonada, que seria uma das últimas da grande batalha. Nossa missão é simples: acabar com os alienígenas e tentar salvar o pouco que resta da raça humana.
As cinemáticas são poucas, tudo muito simples e direto, mais parecendo uma história em quadrinhos. Na maior parte do jogo, vamos entendendo o que está acontecendo ao seu redor, graças a uma IA a bordo da nave, que seria nossa “safe house”.
Ao sair para explorar, vamos nos deparar com locais escuros, abandonados, corpos espalhados, uma ambientação angustiante e, claro, alienígenas horripilantes tentando acabar conosco. Apesar das missões serem curtas, o ambiente é gerado proceduralmente, o que, claro, pode se tornar repetitivo a longo prazo, depois de horas de jogatina.
Jogabilidade se sobressai!
Ripout é um FPS, portanto as semelhanças com Doom ficam ainda mais claras aqui. Temos um bom arsenal de armas, bem como ataque corpo a corpo. Também é possível usar o cenário a nosso favor em locais com energia, eletrocutando os inimigos, bem como barris explosivos nas proximidades.
Outro fator é a nossa arma principal, chamada de “Pet Gun”. Basicamente, uma arma alienígena, viva, na qual podemos marcar inimigos e executar ações para que ela mesma ataque criando vida própria. Além disso, à medida que realizamos upgrades, a arma vai se transformando e evoluindo de maneira bem interessante, permitindo que maior personalização e elaboração de estratégias para isso.
Gráficos e sons são realmente bons!
Graficamente, Ripout é muito bom, com ótimos efeitos de ray tracing e iluminação, dentro do que se propõe. E, apesar dos bons detalhes gráficos — nada comparado à atual geração de consoles —, é um jogo leve. Destaco que a review foi baseada na configuração de um I7 12700 equipado com uma RTX 3070.
Quanto aos efeitos sonoros, o jogo cria o tempo todo uma tensão com sua ambientação. Em momentos, nos veremos em lugares muito silenciosos e, de repente, sons horripilantes vão surgir ao fundo. Por isso, recomendo utilizar fones para uma imersão melhorada.
Na trilha sonora, o jogo até tenta seguir o brilho de Doom, mas não consegue repetir o feito nem de longe, apostando mais em sons para criar um clima de tensão, mesmo nos combates. Claro, isso não é um ponto completamente negativo, mas, particularmente, esperava uma trilha mais frenética, pelo menos nos combates contra vários inimigos.
Ripout é uma boa mistura de outros jogos!
Desde o começo do texto, enfatizei como Ripout pega elementos de vários jogos, tentando criar seu próprio estilo em cima disso. E, claro, apesar de tudo, o jogo se torna divertido se jogado em modo cooperativo, preferencialmente com amigos. Do contrário, o ciclo repetitivo vai se mostrar com maior rapidez, o que resultaria em um jogo completamente esquecível no mercado com tantos outros grandes lançamentos.
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