Review | Viewfinder vai te levar a quebra-cabeças criativos

Uma grata surpresa, que tive a oportunidade de jogar e trazer nesta review, é Viewfinder. Um jogo que na primeira olhada, parece completamente simples e apenas mais um daqueles Indies que pode se tornar chato ou monótono demais. Porém, ao ter contato com o jogo diretamente, entendemos que é muito mais que isso, é você estar em cenários e entender como solucionar aquele quebra-cabeça manipulando o próprio cenário a medida que avançamos. Sem mais delongas, vamos ao nosso review.

Obs: Está análise foi realizada no PS5 através de um código cedido gentilmente pela Sad Owl Studios

Desenvolvido pela Sad Owl Studios, Viewfinder é um jogo narrativo em primeira pessoa, mas focado na resolução de quebra-cabeças. O jogo adota um estilo criativo em manipular a ilusão de ótica ou por meio de fotografias, tendo como grande parceiro aqui, sua câmera fotográfica. Através dela podemos tirar fotos de partes do cenário e com isso “encaixar” a foto ali, para conseguirmos avançar nas fases.

Apesar de parecer só solucionar quebra-cabeças e avançar nas fases sem um propósito, Viewfinder conta com uma narrativa de fundo um tanto quanto misteriosa. A medida que avançamos nas fases, mais detalhes vão sendo revelados e passamos a entender que estamos em um mundo virtual, em busca de soluções para o mundo real. Documentos de áudio ao longo do jogo, vão ajudar a compreender melhor os eventos que ali estão ou já aconteceram, além de criar um background mais profundo ao jogador.

Gameplay criativo e visuais geniais

Saindo da parte da história, já que por ser um jogo curto, aqui evitarei spoilers, partimos para nossa gameplay. O jogo é extremamente simples e intuitivo, mesmo que para um começo confuso. Dividido em 5 áreas, onde cada um delas possuem uma quantidade de fases e claro, novidades introduzidas na resolução delas. A medida que avançamos, podemos manipular imagens e pinturas famosas, ainda temos a liberdade de rotacionar fotos para encaixar com o cenário ali presente.

Nossa parceria na maior parte do jogo será nossa câmera, que aumenta a possibilidade de interação com as fases, já que as fotos tiradas vão ser nossa solução daquele quebra-cabeça. Além disso, em algumas fases há câmeras fixas em determinados locais, onde você vai ter que pensar bem em como solucionar para avançar ali. Vale ainda destacar que na maioria dos casos, temos uma quantidade limitadas de fotos, fazendo assim com que o jogador use as bem, mas não tema, já que temos uma mecânica de ‘rewind’, onde podemos voltar no tempo, até a última foto, sem precisar reiniciar a fase.

A cada final de fase temos um portal, mas para avançar é necessário chegar até ele e alguns deles estarão nos locais mais mirabolantes possíveis. Entretanto, Viewfinder traz uma grande variação, sendo alguns dos portais sendo necessário ligar energia coletando baterias, interagindo com interruptores ou até mesmo por meio de aparelhos de som. Uma variedade bem vinda, que deixa o gameplay fluido e nada repetitivo.

Ainda que não seja um título com grande orçamento, Viewfinder possui belos gráficos e uma ambientação charmosa em todos os 5 distritos que passamos. Apostando em uma paleta de cores bem vivas e ao fundo quase que sempre montanhosos, o jogo é bem prazeroso aos olhos. A trilha sonora também não deixa a desejar, com faixas instrumentais e relaxantes, quase que sempre te deixa tranquilo na solução de algum quebra-cabeça. E para não deixar as coisas silenciosas até demais, CAIT uma inteligência artificial em forma de um gatinho, vai sempre interagindo conosco, incentivando e elogiando nosso progresso.

Busca ao 100% é divertida

Para os jogadores aficionados por conquistas/troféus, Viewfinder conta com uma lista bastante simples, se resumindo em coletar alguns colecionáveis específicos nas fases. Será necessário concluir todas as fases opcionais e realizar algumas ações específicas. Algo que em torno de 2 a 3 horas, para quem opta por seguir guias, já jogando naturalmente, deve se estender para cerca de 6 ou 7 horas. Vale destacar que não há perdíveis, tendo a liberdade de selecionar os capítulos após concluir o jogo.

Viewfinder vale muito a pena!

Viewfinder é um jogo vale ser jogado e apreciado, principalmente se busca jogos relaxantes após uma longa jornada em algum outro título desafiador. Por outro lado, seu preço um pouco salgado pode afastar jogadores. Na PSN Store está custando quase que 140 reais, não sendo um preço interessante para o investimento. Entretanto, em uma eventual adição futura em serviços de assinatura como PS Plus e Game Pass, certamente será uma ótima opção.

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gdouglas97