Em 2024, O mercado global de música registrou crescimento de 4,8%, pelo décimo ano consecutivo. É o que diz o relatório Global Music Report 2025, divulgado pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) em uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (19). O levantamento de dados da indústria fonográfica no mundo apontou uma receita total de US$ 29,6 bilhões no ano passado, e um aumento de 4,8% em relação a 2023.
O relatório ainda destaca que todas as regiões do mundo tiveram crescimento, especialmente Oriente Médio, África e América Latina. O Brasil se mantém na 9ª posição entre os maiores mercados do mundo, com um faturamento total de R$ 3,486 bilhões em 2024, o que indica um crescimento de 21,7% em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório anual organizado pela Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil.
No ranking global dos maiores mercados de música, os Estados Unidos mantiveram a liderança, seguidos por Japão, Reino Unido, Alemanha e China. O México entrou no top 10 pela primeira vez, ultrapassando a Austrália.
Streaming e vinil em alta
Os dados colhidos pelo IFPI apontam que o streaming segue sendo a principal plataforma de expansão da indústria, com as assinaturas pagas alcançando um recorde de 752 milhões de usuários. O consumo de música através dos serviços digitais representa 69% das receitas globais. Pela primeira vez, as receitas do segmento superaram US$ 20 bilhões, com destaque para o crescimento de 9,5% nas assinaturas pagas.
O consumo de mídia física vem oscilando nos últimos anos. Em 2024 ele chegou a 3,1%, um declínio em relação a 2023 quando houve um crescimento de de 14,5%. O destaque está no Vinil que segue em crescimento, registrando sua 18ª alta consecutiva, com um crescimento de 4,6% na receita.
Desafios para regulação da inteligência artificial
Durante a divulgação do relatório global de música, a IFPI abordou a preocupação dos artistas e gravadoras em relação ao uso de gravações protegidas por direitos autorais para treinar modelos de IA sem autorização.
“As gravadoras têm explorado seu potencial para aprimorar a criatividade dos artistas e desenvolver novas e empolgantes experiências para os fãs. No entanto, está claro que os desenvolvedores de sistemas de IA generativa que ‘ingerem’ músicas protegidas por direitos autorais para treinar seus modelos sem autorização dos detentores dos direitos representam uma ameaça real e imediata à arte humana. Estamos pedindo que os legisladores protejam a música e a criatividade artística. Precisamos aproveitar o potencial da IA para apoiar e amplificar a criatividade humana, e não para substituí-la””, apontou Victoria Oakley, CEO da IFPI.
Ranking global de artistas e álbuns
A IFPI também divulgou o ranking global de artistas mais ouvidos de 2024. Taylor Swift aparece no Top 1, seguida de Drake, o grupo de k-pop Seventeen, Billie Eillish, Stray Kids, Zach Bryan, The Weeknd, Eminnem, Kendrick Lamar e Sabrina Carpenter.
No ranking de álbuns mais ouvidos, “The Tortured Poets Departament”, de Taylor Swift, aparece em primeiro lugar, seguido do “Hit Me Hard And Soft”, de Billie Eilish; “Short N’ Sweet”, da Sabrina Carpenter; “Romance Untold”, de Enhypen; “SOS”, de SZA; “Spil The Feels”, do Seventeen; “One Thing At Time” de Morgan Wallen; “17 Is Rght Here”, do Seventeen; “Stick Season” de Noah Kahan; e “Ate”, do Stray Kids.
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