Faleceu nesta quinta-feira (1º) Nana Caymmi, uma das maiores vozes da música brasileira, aos 84 anos. A artista estava internada na Clínica São José, no Rio de Janeiro, desde agosto do ano passado, lutando contra complicações de saúde. A morte foi confirmada pelo irmão, Danilo Caymmi, em suas redes sociais.
Segundo Danilo, a cantora enfrentou nove meses de internação, incluindo passagem pela UTI, e sofreu com múltiplas comorbidades. Ele também revelou ao jornal O Globo que Nana teve uma “overdose de opioides” na terça-feira (30), mas a causa oficial do óbito não foi divulgada.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, no Rio, ela era filha do lendário Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris. Iniciou a carreira em 1960 com “Acalanto”, composição do pai em sua homenagem, e consolidou-se como intérprete de clássicos de Tom Jobim, Milton Nascimento e Vinícius de Moraes.
Destaque nos festivais da canção, venceu em 1966 com “Saveiros”, parceria de seu irmão Dori Caymmi com Nelson Motta. Teve ainda dois casamentos marcantes: com Gilberto Gil (1967–1969) e João Donato (1972–1974).
Nos anos 1990, alcançou sucesso comercial com os álbuns “Bolero” (1993) e “Resposta ao Tempo” (1998), este último premiado com Disco de Ouro por vender mais de 100 mil cópias.
Em 2019, Nana gerou controvérsia ao declarar apoio a Jair Bolsonaro e criticar artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque. À época, disse ao Globo: “A internet deu vazão à frustração de quem não tem gabarito”.
Seu legado musical e suas opiniões polarizadas deixam uma marca indelével na cultura brasileira. A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório.
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