Caso P. Diddy | Saiba como foi o primeiro dia do principal julgamento da indústria da música

Julgamento do rapper é o mais esperado do ano

Seam Combs, conhecido por P. Diddy ou Puff Daddy, é um dos principais nomes da indústria musical dos Estados Unidos e durante quatro décadas ocupou a posição social de ser um dos magnatas da música e do entretenimento americano.

Porém, desde de setembro de 2024, P. Diddy está em uma penitenciária nos Estados Unidos, em Nova Iorque, cumprindo pena por acusações de tráfico sexual, conspiração de extorsão e cooperar para transportes para fins de prostituição – isto apenas no âmbito federal; além de outras acusações no âmbito civil. A acusação estima que o rapper pode enfrentar mais de 60 acusações na justiça civil, depois que o seu julgamento terminar.

P. Diddy nasceu no bairro do Harlem, em Nova Iorque, e desde a década de 1990 vem se mostrando como um grande administrador e empresário do ramo da música. O rapper foi responsável por encontrar – e lançar – talentos como The Notories B.I.G e Usher, além de outras parcerias de sucesso como, com o rapper Jay-Z e as cantoras Mariah Carey e Beyoncé.

Na segunda-feira começou a seleção para definir o júri do caso e esse processo deve durar até essa sexta-feira (09 de maio). O julgamento deve começar a partir do dia 12 de maio e tem a estimativa de durar, pelo menos, 8 semanas. Ainda nesta semana, saiu a notícia de que o júri designado para o caso foi reduzido para 45 pessoas.

As acusações contra P. Diddy

De acordo com os documentos apresentados pela Procuradoria de Nova Iorque, P. Diddy usava sua influência na indústria da música para atrair e recrutar mulheres jovens, na sua grande maioria, eram menores de idade, sob a promessa de oportunidades profissionais. Ao invés de ajudar elas na promoção de suas carreiras, P. Diddy submetia-as à abusos físicos e psicológicos, incluindo relações sexuais forçadas, filmagens sem consentimento e consumo forçado de substâncias ilegais. As denúncias relatam episódios de violência, ameaças com arma de fogo e pagamento em dinheiro para silenciar vítimas e testemunhas.

O caso é centrado nos eventos conhecidos como “freak-offs”, festas descritas como “performances sexuais elaboradas”, que eram filmadas por Combs com ou sem o consenso dos participantes, e que envolviam uso de drogas e óleo de bebê.

A acusação afirma, sem revelar os nomes, que o esquema era sustentado por uma estrutura de poder que incluía assistentes pessoais, membros da equipe de segurança e parceiros de negócios. Mas, neste primeiro julgamento, P. Diddy será o único que se tornará réu.

A cantora de R&B Cassie Ventura, conhecida apenas como Cassie,  que estava em um relacionamento com Diddy durante 10 anos entre idas e vindas, será uma das testemunhas mais esperadas no julgamento. Um vídeo divulgado no ano passado pela CNN, captado por câmeras de vigilância, mostrou Sean Combs atacando-a violentamente em 2016 em um hotel de Los Angeles.

Este é um dos julgamentos mais esperados deste ano, e por conta de sua magnitude, essa pode ser a chance do sistema judiciário poder dar uma resposta à altura das acusações, que um de seus maiores magnatas enfrenta, à indústria do entretenimento depois do caso “She said” e do movimento “#me too” ambos ocorridos em 2016.

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